Sociedade
CDU acusa Aurélio Ferreira de "comportamento anti-democrático"
Presidente da Marinha Grande desmente acusação
A CDU acusou hoje o Aurélio Ferreira de comportamento anti-democrático, por ter impedido os elementos daquele partido de poderem realizar uma acção de contacto junto dos trabalhadores da Câmara da Marinha Grande.
“A CDU Leiria considera a atitude do presidente da Câmara da Marinha Grande anti-democrática e inaceitável, no ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução de Abril”, refere uma nota de imprensa do partido enviada ao JORNAL DE LEIRIA.
Os comunistas solicitaram ao presidente da autarquia da Marinha Grande uma visita dos candidatos da CDU às instalações do município para contactar os trabalhadores.
A recusa do autarca levou a CDU a pediu um parecer à Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre esta matéria. “Perante a insistência anti-democrática do presidente de câmara, a CDU solicitou que a PSP o identificasse no local e enviou nova informação à CNE dando conta do reiterado comportamento do autarca”, revela o comunicado.
Aurélio Ferreira assegura que pugna o “seu exercício de funções pela neutralidade e imparcialidade, respeita muito todas as forças políticas e, nessa circunstância, disponibilizou-se para receber os candidatos da força política da CDU no salão nobre da Câmara Municipal para discutir os principais problemas do Município e dos cidadãos da Marinha Grande”.
O autarca, numa resposta escrita, adianta ainda que disponibilizou um equipamento municipal para a campanha eleitoral da CDU, “tendo mobilizado uma equipa técnica dos serviços para visita preparatória às instalações, encontrando-se designada a equipa de produção e técnica de luminotécnica para garantir as melhores condições de realização do evento”.
Sobre a recusa em permitir a acção junto dos trabalhadores, Aurélio Ferreira explica que foi contactado por um elemento da CDU na quarta-feira de manhã, “solicitando autorização para, no dia seguinte às 10 horas, visitar os trabalhadores do Município dentro do seu local e horário de trabalho”.
Sublinhando que o período oficial de campanha eleitoral ainda não se iniciou, o presidente considera que a “visita às instalações em horário de serviço, mesmo que para efeitos de propaganda eleitoral, não salvaguarda o seu normal funcionamento e, aquilo que já foi prática em anos anteriores, foi a realização de propaganda eleitoral, no espaço público, à entrada dos serviços municipais e essa não se encontra vedada”.
Aurélio Ferreira revela também que a comunicação endereçada pela CNE à autarquia recomenda “a ausência de quaisquer manifestações políticas e é-lhes vedada a exibição de símbolos, siglas, autocolantes ou outros elementos de propaganda”, orientação que o autarca garante que pretende cumprir em todos os domínios da sua actividade.
"Todavia, sempre o podem fazer no espaço público na entrada dos diferentes serviços municipais. Não estamos a impedir o exercício de qualquer atividade de propaganda, apenas temos o dever de garantir que o serviço público não é perturbado e que, no exercício das minhas funções, garanto o princípio da neutralidade e imparcialidade da entidade pública que presido”, conclui.