Sociedade

Concelho de Ourém com “défices” de comunicações móveis

28 jul 2020 10:39

Estudo da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) confirma deficiências sentidas pela população: falta fibra óptica e há zonas do concelho onde não é possível fazer sequer uma chamada de voz.

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Representantes da ANACOM estiveram em Ourém a apresenta estudo sobre o desempenho das comunicações móveis no concelho
Maria Anabela Silva
Maria Anabela Silva

Um estudo da Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) veio confirmar as deficiências sentidas pela população e empresas de Ourém: falta fibra óptica em grande parte do concelho, há falhas de cobertura em muitas freguesias e existem zonas do concelho onde não é possível fazer sequer uma chamada de voz.

"O concelho de Ourém precisa de uma melhoria significativa nas comunicações móveis e de fibra óptica", admitiu o presidente ANACOM, João Cadete de Matos, durante a sessão de apresentação do estudo sobre a qualidade de serviço das comunicações móveis, que decorreu esta segunda-feira.

Realizado entre os dias 13 e 16 de Julho, o estudo complementou a avaliação da cobertura de serviços e tecnologia rádio, de voz, de dados, de transferência de ficheiros, de navegação na Internet, de Youtube Video Streaming e de latência de transmissão de dados, disponibilizados pelas três empresas que operam no concelho: MEO, NOS E Vodafone.

As conclusões desta avaliação, essas, reconhecem que a cobertura de rede móvel é “deficitária” na maioria do território do concelho, justificando a preocupação dos dirigentes autárquicos. O presidente da Câmara, Luís Albuquerque reconheceu que a melhoria do serviço tem de ser uma prioridade, tendo já iniciado um conjunto de reuniões com as operações com o objectivo de as “sensibilizar” para essa necessidade.

“Se queremos convencer as pessoas e as empresas a investir no concelho, temos de garantir as melhores condições também ao nível das comunicações”, alega o autarca, que chama ainda atenção para os problemas que as deficientes comunicações têm ao nível da protecção civil.

A título de exemplo, Luís Albuquerque aponta o testemunho do presidente da Junta de Seiça que, aquando do recente incêndio em Pêras Ruivas, “não teve conhecimento atempado, porque estava numa zona sem rede”, um problema que, conta, também já foi sentido pelo autarca de Espite.

 

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