Covid-19

Covid-19: Leiria lança novas medidas incluindo transporte a pedido para vacinação

17 nov 2021 12:51

Autarquia vai distribuir máscaras aos grupos mais vulneráveis no centro de vacinação de Leiria

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Redacção/Agência Lusa

A Câmara de Leiria vai lançar novas medidas para combater a pandemia de Covid-19, incluindo transporte a pedido para vacinação, disse à agência Lusa o presidente do município, Gonçalo Lopes.

“Este novo conjunto de acções que iremos imprimir nas próximas semanas visam, no fundo, reforçar um conjunto de mensagens referentes à protecção das pessoas, mas também criar condições para que haja uma ação mais concreta em alguns grupos-alvo, os mais vulneráveis”, afirmou Gonçalo Lopes.

Segundo o autarca, entre as iniciativas está o lançamento de uma campanha de sensibilização em diversos suportes, “para a necessidade e a importância da protecção individual e também para o sucesso do processo de vacinação”.

“Por outro lado, iremos assegurar a distribuição de máscaras aos grupos mais vulneráveis no centro de vacinação de Leiria, mas também aos grupos escolares e à área social, em especial aquelas que têm em funcionamento os respectivos lares”, adiantou, referindo que será distribuída “o equivalente a uma máscara por habitante” do concelho, que são cerca de 128 mil pessoas.

O presidente da Câmara de Leiria declarou que outra das medidas passa pela disponibilização de testes rápidos a lares de idosos, clubes desportivos e estabelecimentos de ensino.

Já quanto ao processo de vacinação, o município vai avançar com “a disponibilização de transporte a pedido para vacinar as pessoas que têm carência económica ou dificuldades de transporte e que sejam devidamente referenciadas pelas respetivas juntas de freguesia”, explicou Gonçalo Lopes.

O acompanhamento “com maior proximidade” das instituições particulares de solidariedade social através do Serviço de Protecção Civil, “para avaliar situações de prevenção no controlo da pandemia e rápidas respostas em caso de surto”, não só com a separação de utentes, mas com desinfecções desses espaços, é outra das acções contempladas neste novo pacote de medidas.

Sobre os eventos culturais municipais, como o “Leiria Natal”, o autarca garante a promoção de “ações de sensibilização”, para evitar aglomeração de pessoas, assegurando a distribuição de máscaras cirúrgicas nos locais de maior afluência.

Quanto ao sector económico, o autarca, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, apontou “um trabalho de sensibilização” na área comercial e “uma atenção especial” com os estabelecimentos com esplanadas, bares e espaços de diversão noturna, “reforçando em especial estes últimos para as necessidades de terem uma atitude preventiva, nomeadamente do uso da máscara”.

Notando que estes espaços “foram os últimos a desconfinar” e num eventual novo confinamento serão os primeiros a confinar, Gonçalo Lopes insistiu que estes têm de “ter uma atitude de prevenção e de exemplo” face à quinta vaga pandémica.

Para Gonçalo Lopes, o facto de Portugal ser o país “onde a percentagem de pessoas vacinadas é maior, é natural que exista uma maior liberdade nos contactos sociais e a retoma de muitas das coisas de que as pessoas estiveram privadas durante muito tempo no confinamento”.

O autarca alertou, contudo, para “o momento muito difícil que os hospitais em Portugal vão passar nas próximas semanas”, apelando para que a “utilização dos serviços de urgência” tenha um “critério muito elevado”.

O presidente do município defendeu, igualmente, que é necessário “ter memória” sobre o que o país passou em Janeiro último.

“O início da época natalícia, o fim da escola, a passagem de ano foram os momentos que ditaram que Portugal, no início deste ano, fosse o pior país durante vários dias em termos de pandemia no mundo”, recordou.

De acordo com o último boletim da Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, de 12 de Novembro, o concelho de Leiria registou desde o início da pandemia, em Março de 2020, 10.234 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, tendo recuperado da doença 9.727.

No mesmo período morreram 174 pessoas, havendo 333 casos activos (em 5 de Novembro os casos activos eram 247).