Sociedade

De maquinista a dono de um pequeno império de empresas

7 mai 2016 00:00

Natural de Colmeias, Leiria, Diamantino Marto emigrou para França há 52 anos

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Maria Anabela Silva

 Partiu para França com um objectivo: “juntar 500 contos” e voltar para Portugal. Entretanto, já passaram 52 anos e o regresso de Diamantino Marto, 70 anos, à sua terra natal continua por acontecer.

Natural da freguesia de Colmeias, Leiria, o empresário é dono de uma das maiores empresas de demolições de França e de outras 19 sociedades, sobretudo, ligadas ao ramo imobiliário, mas também à agricultura. O seu mérito já foi distinguido pelos Presidentes da República de Portugal e de França, Cavaco Silva e Jacques Chirac.

A aventura de Diamantino Marto em terras gaulesas começou em 1964. Era, então, um jovem de 17 anos “à procura de uma vida melhor” e que tentava “escapar” à guerra colonial. “Queria subir alguma coisa na vida e não queria ir para o Ultramar”, recorda o empresário, frisando que a  sua ida para França foi “legal”.

Munido de passaporte e de um contrato de trabalho, fixou-se inicialmente em Lille, onde trabalhou numa companhia francesa na área das obras públicas. Dez anos depois, mudou-se para Paris e decidiu lançar-se por conta própria.

“Já falava um pouco de francês – hoje ainda não falo bem e já esqueci o português – e decidi arriscar, criando a minha própria empresa”, conta. Diamantino Marto começou sozinho. “Fazia tudo. Trabalhava com a máquina, arranjava os orçamentos e passava as facturas.” Foi assim o início da Marto & Fils, empresa do sector das demolições, que actualmente emprega cerca de 200 trabalhadores, muitos deles portugueses.

Oficialmente reformado, entregou a condução da Marto & Fils aos dois filhos, ambos formados em engenharia.  “Sempre estiveram, de alguma forma, ligados à empresa. Em certo momento, entendi que devia passar o testemunho e eles quiseram ficar”, diz Diamantino Marto, para quem a aposentação não é sinónimo de paragem.

Longe disso. Vive em constantes viagens, entre Portugal continental e França, passando pelos Açores, onde, durante uma visita turística, se apaixonou por um antigo solar que se encontrava à venda e que hoje está transformado em hotel e restaurante: o Solar do Conde, localizado em São Miguel.

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