Sociedade

Deputados do PSD questionam Governo sobre atrasos nos apoios às zonas afectadas pela tempestade Leslie

31 ago 2020 12:29

Grupo Desportivo da Ilha, em Pombal, é uma das instituições que continua sem saber quando vai receber financiamento

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Prejuízos avultados também no litoral do distrito de Leiria
Ricardo Graça/Arquivo

Segundo o PSD, a CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro alega que “o Governo ainda não autorizou a Direcção-Geral das Autarquias Locais a formalizar eventuais contratos de financiamento com as entidades associativas e religiosas afectadas pela tempestade Leslie”, que atingiu Portugal em Outubro de 2018.

Por esse motivo, “quase dois anos depois, há instituições que se candidataram a apoios e que ainda não receberam nenhum financiamento”, referem os deputados sociais-democratas, numa pergunta ao Governo, com data de quinta-feira, 27 de Agosto.

Uma situação grave que coloca em causa o funcionamento das organizações que esperam há quase dois anos por apoios prometidos pelo Governo”, que “ainda não chegaram”, lê-se no documento que tem Margarida Balseiro Lopes, Hugo Oliveira, Pedro Roque, Olga Silvestre e João Marques (todos eleitos por Leiria) como primeiros subscritores.

Os deputados do PSD colocam duas questões à ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública: “Reconhece o Governo os atrasos na concessão dos apoios no âmbito do furacão Leslie? Quando dará o Governo autorização à Direcção-Geral das Autarquias Locais para que sejam finalmente formalizados os contratos de financiamento em causa?”.

Ouvida pelo JORNAL DE LEIRIA, Margarida Balseiro Lopes diz que as verbas estão previstas no Orçamento do Estado e que se não chegaram aos beneficiários só há duas explicações possíveis: “cativação” ou “manifesta incompetência” do Governo.

O Grupo Desportivo da Ilha, no concelho de Pombal, é uma das associações que esperam por luz verde da CCDRC, adianta Alexandre Silva, vogal da direcção.

A tempestade Leslie provocou danos no relvado sintético, no muro que cerca o recinto, nas torres de iluminação e em balizas, entre outros estragos, que obrigaram a investimentos.

Os responsáveis pelo clube continuam sem saber quando vão receber do Estado, apesar de, segundo Alexandre Silva, a CCDRC já ter confirmado que a candidatura foi validada.