Sociedade
Desaparecido há quase um ano, Max foi encontrado a cerca de 40 km de casa
O beagle desapareceu em Pombal, a 11 de Maio de 2023, e foi encontrado na última terça-feira, graças ao microchip, no concelho de Alvaiázere
São raras as histórias em que animais de estimação são encontrados meses depois de terem desaparecido. Contudo, Andreia Major e Gonçalo Freitas têm um caso diferente para contar.
O Max entrou na vida desta família residente em Pombal há cerca de quatro anos, quando o casal cumpriu o desejo de um dos filhos, que queria ter um animal de estimação.
O beagle integrou-se rapidamente na família e já fazia parte da rotina.
A 11 de Maio de 2023, conta Gonçalo Freitas, o casal foi despejar o lixo ao contentor e o Max foi atrás, como costumava acontecer. Nesse dia, sem qualquer motivo aparente, o Max desapareceu.
Logo a família começou à procura dele. Entre publicações nas redes sociais e buscas em lugares próximos, houve alguém que avistou o Max perto da localidade de Ramalhais, também no concelho de Pombal, poucos dias depois do desaparecimento.
“Houve uma vez que me disseram que ele estava perto de Ramalhais e se calhar até era ele. Eu ainda lá fui, passei uma tarde inteira à procura”, recorda o tutor, ao mencionar que o esforço não teve resultados.
O tempo foi passando e a esperança também foi desvanecendo. O filho, lembra, “nunca ficou com aquilo bem resolvido” e, ocasionalmente, “ia falando” no Max.
Tudo mudou na última terça-feira, quando Gonçalo Freitas recebeu uma mensagem de uma clínica veterinária de Alvaiázere.
Quase um ano depois do desaparecimento, o Max foi encontrado bem, a cerca de 40 quilómetros de casa.
“Foi uma senhora que o encontrou e levou a um veterinário”, contou o tutor ao JORNAL DE LEIRIA. “Ainda perguntei ao veterinário quem era a senhora, só queria agradecer por ter encontrado o Max”, comentou, ao lamentar não conhecer a identidade desta pessoa.
Neste caso, o microchip contribuiu para o desfecho feliz. “O chip foi crucial para poder encontrar o Max”, assinala Gonçalo Freitas, ao considerar ser “impressionante” o animal aparecer em Alvaiázere.
Rapidamente contou ao filho, agora com 11 anos, as novidades. “Quando soube que ia buscar o cão comigo, não conseguiu conter as lágrimas”, referiu.
Entraram no carro e foram para Alvaiázere. O reencontro foi emotivo, conta, já que Max reconheceu de imediato a sua família.
Estava “mais magro”, mas, antes de desaparecer, também “já precisava de ir ao ginásio”, disse, entre risos.
A família, novamente completa, regressou a Pombal, e Gonçalo Freitas aproveita para deixar um alerta: “o importante é que, quem tem animais, tenha a noção que é necessário colocar o chip. Mais dia, menos dia, pode acontecer o mesmo que a mim”.