Economia

Duplo-emprego, por necessidade ou por prazer

6 jul 2016 00:00

Procuram conforto económico e alternativas profissionais.

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Daniela Franco Sousa

Pediu rescisão com o Estado, para deixar de dar aulas. Afinal, já lá iam mais de 30 anos de descontos. A sua ideia era poder dedicar-se por inteiro a um novo projecto profissional de cariz turístico.

Embora tenha visto o seu pedido negado, Lucinda Baptista não deitou a toalha ao chão e avançou da mesma forma com o seu projecto, e fez da sua própria casa de habitação o Magnolia Bed & Breakfast, nos Marrazes, em Leiria.

A professora concilia os dois empregos e também não poderia ser muito diferente. Por um lado, era insano insistir e pedir reforma antecipada deitando a perder longos anos de trabalho e de descontos. Por outro lado, face aos cortes a que nos últimos anos foi sujeita a função pública, é bem-vindo o complemento de rendimentos alcançado com a criação do seu projecto turístico.

Lucinda Baptista é apenas uma entre os muitos portugueses que nos últimos anos passaram a conciliar dois, ou até mais empregos. De acordo com tese de mestrado de Ana Raquel Sousa (2013), sobre Formas emergentes de trabalho e emprego: o caso do duplo-emprego, a conjuntura social actual “tem exigido ao comum cidadão, o assumir de estratégias capazes de gerir as suas necessidades”.

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