Economia

E se as semanas e os meses desaparecessem do calendário?

30 abr 2016 00:00

Criativo propõe sete dias de trabalho e quatro de descanso

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Maria Anabela Silva

E se o conceito de semana e de mês desaparecesse? E se, em vez disso, passássemos a trabalhar sete dias consecutivos e depois usufruíssemos de quatro de descanso? Essa é a ideia base do “calendário laboriano”, desenvolvido por Pedro Pinto, militar de profissão e criativo por paixão.

Natural de Leiria, já marcou presença em quatro edições do Salão Internacional de Inovações de Genebra, onde conquistou duas medalhas de ouro, uma de prata e um diploma de "mérito científico e técnico".  

Agora, apresenta uma proposta para “revolucionar” o horário laboral. Depois de “desenhar” o novo modelo de calendário, Pedro Pinto está “a reunir um grupo de trabalho”, que envolva “académicos de várias especialidades, como matemática, sociologia, psicologia, geografia, economia, engenharia ambiental, filosofia”, para lançar o debate e a reflexão.

Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, o criativo explica que o conceito de calendário que desenvolveu é o resultado de “uma longa reflexão” que foi fazendo sobre alguns dos problemas da vida actual, relacionados com a qualidade de vida familiar, mas também com questões de produtividade ou ambientais, como os problemas do trânsito e de excesso de CO2 (dióxido de carbono). “Há necessidade de repensar o actual calendário, com os seus períodos de descanso e de trabalho tradicionais”, afirma. 

 Inovações premiadas Criador de conceitos

Natural de Leiria, o autor do “calendário laboriano” já ganhou duas medalhas de ouro e uma de prata noSalão Internacional de Invenções de Genebra(Suíça). Entre os inventos premiados, está um “neutralizador de air-bag”, um dispositivo para “facilitar as manobras” de camiões com semireboque e um “simulador de micro-gravidade para ser usado na Terra”. “Sou um criador de conceitos”, diz, lamentando que, em Portugal, este tipo de actividade seja “desvalorizada”. 

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