Opinião
E vamos deixar morrer a verdade dentro de nós?
Procuramos a explicação das coisas onde é fácil encontrar respostas.
O meu, de há muito, generoso e incondicional amigo, Joaquim Paulo Conceição, publicou numa rede social, fazendo fé da transcrição citada por este mesmo jornal, um comentário a propósito de se ter visto pessoalmente envolvido num mediático caso que está ao cuidado da Justiça.
Dizia o Joaquim Paulo: “Neste espetáculo mentiroso montado nem é tanto a mentira que choca, mas o espetáculo que se monta para promover uma mentira conveniente. As mentiras desmentem-se e esta injustiça será rapidamente corrigida. Quando acontecer, o espetáculo montado será convenientemente anulado e a reposição da verdade não será nunca tão projetada quanto a mentira”.
Naturalmente que não me cabe a pretensão de ajuizar o que a outros, com mais tempo, saber e competência, cumpre esclarecer pela reposição da verdade. Tão-somente me incomoda e indigna o modo como o direito à informação, amiúde, se transfigura numa exposição gratuita de factos e circunstâncias que trazem um ruído ensurdecedor impeditivo duma análise serena do que verdadeiramente está em causa.
Procuramos a explicação das coisas onde é fácil encontrar respostas. Procuramos a moeda que perdemos onde há luz e não onde ela caiu. Sempre assim foi na ciência, no conhecimento, na cultura.
A história encarrega-se de nos demonstrar que os contributos para a evolução do saber sobre as coisas foi sempre obra dos que se aventuraram a procurar nos territórios mentais que outros evitaram.
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