Sociedade
Ecovia da Golpilheira, na Batalha, será interdita ao trânsito, mas com excepções
Junta de freguesia justifica medida com excesso de velocidade praticado na ecovia e subsequente falta de segurança.
A Ecovia do Collipo a Vale do Lena, na freguesia da Golpilheira, Batalha, será interdita ao trânsito, mas com algumas excepções. A medida foi aprovada em Assembleia de Freguesia, e anunciada pelo presidente da junta, José Carlos Ferraz, durante a Assembleia Municipal da Batalha, no último dia 28.
“O excesso de velocidade praticado na ecovia e subsequente falta de segurança, levaram o executivo [da junta de freguesia] a propor que a circulação de veículos seja permitida exclusivamente aos seguintes utilizadores: proprietários de terrenos agrícolas, veículos de cultivo, corte ou transporte dos produtos agrícolas das referidas propriedades, com o cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos na ecovia, de 30 km/h”, explicou José Carlos Ferraz.
A permissão estende-se ainda aos “veículos para cargas e descargas, dado estarem lá dois armazéns, e aos moradores com acesso directo à ecovia, que deverão usar o percurso mais curto entre estrada principal e residência”.
Segundo o presidente da junta, “a ecovia é cada vez mais frequentada”, havendo “muitas reclamações e avisos, pela iminência de acidentes graves”. “Levámos esta proposta à reunião de assembleia, e foi aprovada. Em termos de consciência, acho que é o que se deve fazer. É uma forma de mitigar a situação”, acrescentou José Carlos Ferraz.
A estrada onde hoje se encontra a ecovia tem dezenas de anos, e foi inicialmente criada como via agrícola, tendo sido ‘transformada’ na Ecovia do Collipo a Vale do Lena em 2021, num investimento de 600 mil euros, pelo executivo municipal então liderado pelo PSD. A intenção passava por interditar a ecovia ao trânsito automóvel, privilegiando a circulação de veículos sem motor e peões, no entanto, desde a sua conclusão, há já dois anos, continuou a ser utilizada por automobilistas e camionistas.
Raul Castro, presidente do Município da Batalha, reconheceu igualmente existirem “problemas” naquela via. “Não se devia ter mantido aberta ao trânsito, mas também não tínhamos alternativa para resolver o problema de acesso a quem tem ali as suas fazendas e gere a agricultura daqueles campos. Terá de haver sempre algum movimento.” O edil espera que “as medidas que, entretanto, vão ser tomadas possam ter o devido impacto. Até porque o próprio piso está a degradar-se devido aos camiões”.