Sociedade
Em Leiria, transportes públicos e estacionamentos terão sistema para informação em tempo real
Município prevê ainda a criação de um sistema público de bicicletas partilhadas
O Município de Leiria vai lançar uma Plataforma de Gestão Integrada da Mobilidade, que irá permitir aos utilizadores dos transportes públicos e utentes dos estacionamentos obter informação em tempo real de espera e os lugares disponíveis nos parques.
O concurso público, que tem uma base de 816.300 euros acrescidos de IVA, foi aprovado hoje em reunião de Câmara, com algumas críticas da oposição do PSD, que considerou que o Município “deveria estar preocupado com o estacionamento na periferia”.
“O objectivo deve ser encontrar formas para não trazer os carros para o centro da cidade e não dar indicações sobre os lugares livres nessa zona, por uma questão de sustentabilidade”, adiantou a vereadora social-democrata, Ana Silveira.
Segundo a Câmara de Leiria, liderada por Gonçalo Lopes (PS), esta medida pretende facilitar o acesso à rede transportes e incentivar o uso quotidiano de modos suaves de mobilidade, além de promover novos modos e hábitos de deslocação, através da optimização do transporte público e da racionalização do uso do carro enquanto meio individual.
Esta é uma solução tecnológica com interface web, que garantirá uma gestão transversal e centralizada da informação dos vários subsistemas ou serviços de mobilidade instalados em meio urbano, refere a Autarquia.
A partir da criação do Portal Público e da consequente Aplicação Móvel de Mobilidade, a plataforma permitirá ao utilizador ter acesso a um conjunto de informações em tempo real, tais como o tempo de espera em 82 paragens de autocarros da rede Mobilis, o número de lugares de estacionamento existentes em parques e arruamentos, planear trajectos mais curtos para o estacionamento desejado, alertas sobre anomalias no sistema de transportes ou parques (obras, eventos) e ainda responder a questionários.
Prevista também a criação de um sistema público de bicicletas partilhadas
Na reunião de hoje foi ainda aprovada a criação de um sistema público de bicicletas partilhadas, com o objectivo de promover o uso quotidiano de meios de locomoção mais amigos do ambiente e de facilitar o acesso à rede de transportes públicos, contribuindo para uma mobilidade urbana mais sustentável.
A rede será composta por um mínimo de 220 bicicletas eléctricas, considerando os declives muito acentuados da cidade, 20 estações com quiosque de auto-serviço e por, pelo menos, 200 docas de carregamento automático.
Com um investimento de 740 mil euros, o projecto tem já definidos 18 dos 20 locais para instalação das estações num total de 185 docas.
Além da disponibilização das bicicletas para ligação entre diferentes locais de interesse urbano, o sistema a implementar pretende aumentar as opções de mobilidade e de acessibilidade, promover a multimodalidade, bem como a actividade física e a humanização do espaço público.
Este sistema partilhado vem ainda resolver eventuais obstáculos para os utentes, tais como o investimento pessoal na compra de uma bicicleta, a falta de estacionamento, questões ligadas à segurança (furto) ou ainda os encargos com manutenção, reparação e limpeza do equipamento, refere uma nota de imprensa.