Economia
Empresa de Pombal tem a maior mina de lítio da Europa
Portugal é o quinto maior produtor mundial de lítio, elemento base para as baterias eléctricas. A maior mina da Europa é explorada por uma empresa do Grupo Mota.
O último relatório do Departamento Geológico dos EUA, citado recentemente pelo semanário Expresso, coloca Portugal como o quinto maior produtor mundial de lítio - matéria-prima base usada no fabrico de baterias eléctricas –, onde se destaca uma empresa com ligações à região: a Felmina.
Esta unidade integra o Grupo Mota, de Pombal, detido pelo empresário Carlos Mota e pela gestora de fundos Oxy Capital, e é uma das principais operadoras na área do lítio em Portugal, explorando, há vários anos, a maior mina da Europa.
Localizada em Gonçalo, no distrito da Guarda, essa jazida é responsável por uma parte significativa da produção nacional de lítio, que, à semelhança do que acontece com outras exploração no País, é praticamente todo encaminhado para a indústria cerâmica, sendo usado para reduzir o consumo energético.
“Neste sector, o lítio dá estabilidade à base do produto e para diminuir o ponto de fusão das pastas, permitindo poupanças energéticas”, explica Carlos Almeida, geólogo que coordena o Grupo de Trabalho dos Recursos Minerais da Associação Portuguesa dos Geólogos.
Mas o crescente interesse pelo lítio em Portugal, que se encontra concentrado nos distritos da Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo, prende-se com procura mundial dessa matéria-prima, sobretudo pela indústria automóvel que está, cada vez mais, a apostar no fabrico de carros eléctricos.
Há já estudos que estimam que, na próxima década, o número desses automóveis passará dos actuais dois milhões para “20 milhões em 2013”, o que poderá exigir “seis vezes mais carbonato de lítio do que o actualmente utilizado no mercado mundial”, sublinha um artigo publicado recentemente pelo Expresso.
“Haverá uma procura exponencial e Portugal tem um grande potencial. Hoje, temos um conjunto enorme de pequenas minas que poderão vir a ser ricas minas”, antevê Carlos Almeida, reconhecendo que, para já, o País não dispõe de “infra-estruturas” que permitam trat
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