Abertura
Entre pó e pedra, os detectives da história perdida
Ao todo, Saul António Gomes, Joaquim Santos, Adélio Amaro e Ricardo Charters-d’Azevedo já publicaram mais de uma centena de livros sobre a história local. São horas, dias e anos em arquivos e bibliotecas, à procura da próxima descoberta
“Iam parar todos ao lixo”, comenta Adélio Amaro. Quando lhe chegaram às mãos 212 cartazes do primeiro ano de actividades no Teatro José Lúcio da Silva, quase imediatamente surgiu a ideia de escrever acerca da sala de espectáculos inaugurada em 1966, que é, ainda hoje, a maior em Leiria. A pesquisa realizada ao longo de seis anos trouxe à tona “episódios fantásticos” com “vários pormenores curiosos” e tem como âncora documentos descobertos no museu m|i|mo e no arquivo municipal. Alguns, em “caixas que estavam por ser digitalizadas, trabalhadas” e “identificadas”. Ou seja, de que “era necessário fazer o puzzle”.
Actualmente, já “está tudo disponível online”. Só por isso, diz o autor, “valeu a pena”. A investigação resumida em mais de 400 páginas explora a linha cronológica entre o momento em que se começa a falar na demolição do Teatro Maria Pia na zona da Fonte Luminosa (que viria a confirmar-se em 1958) e o primeiro aniversário do novo equipamento. Um período “complexo” que abre uma “discussão muito grande”. Além de outras polémicas, “havia pessoas que diziam que construir o José Lúcio da Silva onde está actualmente [à época, um terreno de vinha] era muito longe do centro da cidade”.
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