Desporto

Entusiasmados mas responsáveis no regresso dos treinos e da bola

5 jun 2020 14:45

Com luz verde das entidades competentes e sensatez de miúdos e graúdos, o pontapé de saída para o regresso aos treinos na Academia CCMI foi dado precisamente no Dia Mundial da Criança

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Distâncias entre futebolistas foram sempre respeitadas
Ricardo Graça

Faltavam uns minutos para as 18 horas de segunda-feira quando começaram a chegar os primeiros miúdos. Acompanhados pelos pais, o entusiasmo estava estampado nas pequenas faces, apesar de os sorrisos serem abafados pela máscara gigante. De garrafa na mão, equipados de azul, passavam pela posto de controle montado pelo clube que não admite entradas além de jogadores e treinadores.

Passados quase três meses, os jovens futebolistas da Academia CCMI, da Cruz da Areia, em Leiria, voltaram a estar com colegas, treinadores e em contacto com a bola. Foram dos primeiros na região que voltaram a dar uns chutos na bola, numa lista restrita que também inclui o Grupo Desportivo da Boavista, por exemplo.

Bandeira da Ética hasteada esta sexta-feira

Durante a semana, todas as equipas da Academia CCMI terão oportunidade de regressar por uma hora aos treinos. Para assinalar a data, amanhã, sexta-feira, pelas 16:30 horas, o clube fará uma cerimónia, momento no qual será hasteada a Bandeira da Ética, uma iniciativa do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) e do Instituto Português da Juventude e Desporto (IPDJ), recentemente atribuída a esta associação devido a uma iniciativa solidária que envolveu o Internato Masculino de Leiria. João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, e Vítor Pataco, presidente do IPDJ, vão marcar presença.

No entanto, para ali estarem a fazer o que mais gostam, ainda que de forma “diferente” do que estão habituados, o clube que representam teve de tomar uma série de medidas e cumprir algumas burocracias, explica o presidente da Academia CCMI.

Pedidos os pareceres à Direcção-Geral da Saúde, à Câmara Municipal de Leiria, à Associação de Futebol de Leiria – “que não se pronunciou por ser treino físico e não futebol” - e ao Instituto Português do Desporto e Juventude, decidiram avançar.

Inscreveram-se neste regresso à actividade 200 atletas, dos 5 aos 18 anos, de um universo de 250. “Há sempre pais apreensivos e nós respeitamos”, sublinha Renato Cruz, confiante que, ainda assim, o número irá aumentar. “Esta fase de habituação, agora ou em Setembro, teria sempre de ser feita”, esclarece.

Burocracia

O manual de procedimentos de protecção de praticantes e funcionários foi então enviado aos progenitores, que tiveram de assinar dois termos de responsabilidade.

“Um a dizer que autoriza a presença do filho no treino de preparação física e outro em que garante que o filho não teve febre nem esteve doente nos últimos dias”, relata o responsável.

O clube teve ainda de fazer um seguro para este período de actividade, pois o anterior “já tinha sido cancelado” pelas entidades competentes.

Os miúdos entravam no recinto e entregavam a máscara, que ficava fechada num envelope com o nome do craque. Como a utilização de balneários está absolutamente interdita pela Direcção-Geral da Saúde, foram criadas três estações ao ar livre, onde cada uma das equipas que treina por dia pode calçar as chuteiras, sempre com a distância entre futeb

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