Está a nascer uma fábrica de artes para todos os artistas em Pombal

Quando em Janeiro deste ano o Teatro-Cine de Pombal esgotou por duas vezes a sala com a exibição do bailado Quebra-Nozes, os mentores do projecto perceberam que tinha valido a pena investir tanto de si naquela ideia.

Pela primeira vez juntavam-se em palco perto de uma centena de bailarinos de várias idades, oriundos de diversas escolas e cidades da região centro, na sua maioria de Pombal.

A cidade rendeu-se aos encantos de um bailado, os alunos e os pais perceberam também que “aquilo não podia ficar por ali”.

Por detrás do pano estavam a professora de dança Kelly Lisboa – que há 20 anos ensina gerações entre Pombal e Leiria – e o bailarino e coreógrafo Álvaro Ribeiro, radicado em Aveiro, mentor de vários projectos similares pelo país.

Em menos de um mês, e apenas ao fim- -de-semana, a dupla ensaiou com precisão todos os passos da obra de TchaikovsK, aprimorou a coreografia e alinhou de forma rápida e eficaz miúdos e graúdos.

O resultado não podia ter sido melhor, perante a aclamação do público.

“Foi então que percebemos como era necessário haver uma entidade que cuidasse de todos aqueles valores em conjunto, um espaço onde projectos como aquele se pudessem desenvolver de forma mais abrangente”, disse esta semana ao JORNAL DE LEIRIA Álvaro Ribeiro, que agora é director artístico da Fabric Arts, o núcleo de dança de Associação Cultural Karts, que acaba de nascer em Pombal.

“Decidimos apostar na cidade porque nos parece que é aqui que estão esses valores.

Acredito que a região está a crescer, e por outro lado tem uma Câmara aberta a apoiar projectos culturais e desportivos, e isso é muito importante”, sublinha o coreógrafo de origem brasileira, radicado em Aveiro há vários anos.

Nesta primeira fase, Álvaro vai ajudar também na coordenação geral do projecto, que tem a cabeça Kelly Lisboa, com...

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