Economia
Exploração de pinho em Ourém cai para metade em duas décadas
Na zona da Pederneira, devido ao incêndio de 2012, arderam cerca de seis mil hectares que provocaram “abandono “ e “colapso florestal”.
Em cerca de duas décadas, de 1974 e 2013, a área de exploração do pinho bravo caiu quase para metade no concelho de Ourém, descendo de 15300 para 8200 hectares. Para isso contribuíram os grandes fogos que deflagram no concelho, em 2005 e em 2012, e o abandono das propriedades. Os números fizeram parte do diagnóstico traçado por Pedro Cortes, da Geoterra, apresentado terça-feira na Câmara de Ourém, no âmbito da visita ao terreno e da discussão sobre a Reactivação da Intervenção Humana para Recuperação do Pinho em Zonas de Minifúndio, da qual fizeram parte Vítor Poças (presidente da AIMMP-Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal), Amândio Torres (secretário de Estado das Florestas) e Paulo Fonseca (presidente da Câmara de Ourém).
Na zona da Pederneira, devido ao incêndio de 2012, arderam cerca de seis mil hectares que provocaram “abandono “ e “colapso florestal”. O resultado são perdas anuais de 1,5 milhões de euros, estima Pedro Cortes. Por outro lado, contrapõe o engenheiro, com a criação exemplar da Zona de Intervenção Florestal de Seiça, e graças ao trabalho articulado entre proprietários e junta de freguesia, foram criados 4300 hectares de floresta ordenada e rentabilizada.
Sempre que a mata arde não é o preço do pinho que sobe, salienta Vítor Poças. O que acontece é o encerramento das empresas que trabalham com esta matéria-prima, nota o presidente da AIMMP. Por isso se explica que a fileira já tenha tido mais de mil serrações e conte agora com cerca de 300, frisa Vítor Poças.
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