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Exposições: Sonho Manifesto!

19 out 2025 11:01

Villa Portela, Leiria

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Durante a inauguração do centro de artes, em Setembro
Ricardo Graça

Até 31 de Janeiro de 2026
Arte contemporânea
Artistas: Alberto Carneiro, Álvaro Lapa, Ana Hatherly, Ana Vieira, Ângelo de Sousa, Armanda Duarte, Claire de Santa Coloma, Fernando Calhau, Francisco Tropa, Gabriela Albergaria, Imi Knoebel, Jimmie Durham, João Onofre, João Tabarra, Maria Helena Vieira da Silva, Michael Biberstein, Pedro Cabrita Reis, Peter Zimmermann, Projecto Teatral, Sandra Cinto e Tiago Baptista
Curadoria: Rita Gaspar Vieira e Sandra Vieira Jürgens
Centro de Artes Villa Portela, Leiria
Diariamente, 9h30 às 18h

Sonho Manifesto! Em Leiria todas as árvores são pinheiros é o título da exposição de abertura do Centro de Artes Villa Portela que está patente ao público desde 14 de Setembro. “Privilegia a sustentabilidade, considerando o sonho como premissa poética e artística que permite ampliar o campo de acção”, lê-se na folha de sala que enquadra o percurso expositivo organizado em três pisos.

“O núcleo de obras apresentado propõe uma actuação imaginadora, fantasiosa e, simultaneamente, crítica. Convida ao movimento do sonho que amplia, sendo transformador; convida a sonhar com os outros, porém desafia a fazê-lo com os pés na terra, tocando-a, sentindo o seu cheiro e a densidade da sua matéria”, é referido no mesmo texto. “Habitando este lugar, rodeado por uma mancha verde, marcado pela musicalidade de árvores, tradições e inovações, as obras permitem considerar invenção e expansão além da vigília e do real. Acreditamos na acção comprometida com o presente, de modo a repensar posicionamentos. É por meio do olhar sobre o que é próximo e local – o Pinhal de Leiria – que património natural e conhecimentos ancestrais são desenvolvidos, valorizados e partilhados ao longo de gerações”.

Resultado de uma parceria entre o município de Leiria e a Museus e Monumentos de Portugal, que mobiliza obras da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, “a exposição reclama a emoção, o espanto e a vontade expressos no livro do neurocientista Sidarta Ribeiro que empresta parte do título, em propostas de contemplação e desaceleração como um sonho partilhado e comum, aqui e além”, argumenta-se, ainda, no mesmo documento de suporte à iniciativa.

“O Pinhal de Leiria é mote por associar, na sua história fundacional, a tecnologia ao sonho, proporcionando uma melhoria das condições de vida, em estreita relação com o natural. Importa a paridade entre o humano e o natural da qual este pinhal é um possível estereótipo, propondo consonância entre o sonho humano e o 'sonho do mundo'. Em outras geografias, serão outros 'os pinheiros'. Contudo, a urgência é procurar uma relação mais harmoniosa e respeitadora com o mundo natural. Neste sentido, as obras apresentadas, algumas especificamente desenvolvidas para o Centro de Artes Villa Portela, posicionam um universo onírico que une, apresentando-se como acontecimentos que, como utopias e sonhos, permitem ampliar e inventar possibilidades de construção”.