Desporto

Famoso 12.º jogador tem mais fama do que proveito no futebol actual

10 abr 2021 12:55

Numa altura em que não há público na Liga de futebol, investigadores do Politécnico de Leiria avaliaram a importância que os adeptos têm na obtenção de vitórias e no factor casa

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Jogos da Liga Portuguesa têm decorrido sem público
Sporting

O Sporting caminha a passos largos para o título nacional de futebol. Para alguns comentadores, tem jogado a favor da equipa de Alvalade o facto de não haver público nas bancadas. “É especulativo, não dá para provar, mas admito que sim. Havia um clima de contestação de um sector de adeptos do Sporting e isso era claro em alguns momentos menos positivos e poderia prejudicar o rendimento da equipa, por ser um plantel muito jovem”, explicou João Aroso.

Rúben Amorim discordou desta ilação. O treinador leonino garantiu que, ao contrário do que parece ser a opinião pública, os simpatizantes leoninos “são uma grande força” e podiam ajudar a equipa. “Penso que se está a subestimar muito os nossos adeptos. São uma grande força do Sporting, não uma fraqueza, e sei que dariam uma resposta muito diferente daquilo que as pessoas pensam. Precisamos muito deles.”

Ora, se calhar, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Na verdade, o famoso 12.º jogador já não tem a importância absolutamente relevante na conquista de vitórias na Liga portuguesa que se supunha. Pelo menos, é essa a conclusão de uma investigação da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria, publicada na passada segunda-feira no International Journal of Environmental Research and Public Health.

“Neste estudo quisemos ver o mais imediato, que são os pontos. O que aconteceu nas últimas dez jornadas da temporada 2019/20, já sem público, face às primeiras 24, ainda com público”, explica Rui Matos, que lidera a equipa que elaborou Vantagem de jogar em casa durante a Covid-19: análise à Liga portuguesa de futebol.

As conclusões revelam que “não houve diferenças significativas sob o ponto de vista estatístico”, diz o docente, doutorado em Motricidade Humana pela Universidade Técnica de Lisboa. Em média, nas primeiras 24 jornadas, as equipas conquistaram 53,6% dos pontos em casa. Curiosamente, nas últimas dez, já sem assistência, até alcançaram 58,8%. “Não se pode dizer que subiu consideravelmente, mas descer também não desceu”, enaltece o r

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