Desporto
Faz uma década que Jorge Jesus deixou a sua marca em Leiria
Nos dias que correm é o homem do momento, mas há dez anos era técnico da União de Leiria. Fomos conhecer os segredos e o impacto que tinha nos atletas
Entre os vários treinos de futevólei que lhe preenchem os dias, lá conseguimos falar com Maciel. O atleta brasileiro que fez parte do plantel do FC Porto que venceu a Champions League de 2004 não esquece a União de Leiria e por isso rapidamente acedeu em falar telefonicamente para a reportagem deste semanário.
Em Dezembro terminou contrato com o Cabofriense e enquanto aguarda uma proposta para prosseguir a carreira vai mantendo a forma à beira-mar. “É para falar de Mourinho, certo?”
Não, é para falar de Jorge Jesus. Foi seu treinador na União de Leiria, faz precisamente uma década. Lembra-se dele? “Claro! Ajudou-me muito”, atira prontamente.
“Espero que continue vitorioso e ganhe muitos títulos. Foi dos melhores que me treinou. Era muito disciplinador e perfeccionista, dedicado e muito inteligente nas suas estratégias. Tacticamente, se não for o melhor, está com certeza entre os cinco melhores do Mundo”, assegura o avançado. Maciel Lima, hoje com 37 anos, avança na conversa para falar na exigência do actual treinador do Sporting.
“Não aceitava que os jogadores errassem durante o jogo aquilo que tinha sido treinado diariamente, até porque fazia muitas repetições. Também não admitia indisciplina dos atletas ou que colocassem o dedo nos seus trabalhos, mas deixava o jogador à vontade dentro do campo e a equipa jogava um belo futebol.”
E sublinha. “O cara já era fera em clubes pequenos e dava nó nas tácticas a todos.” Naquela época, Maciel foi o jogador mais utilizado da União de Leiria. Na 1.ª Liga somou 31 jogos, 2777 minutos e seis golos e, naturalmente, recorda um daqueles episódios à Jorge Jesus.
“O Harison chegou do Ponte Preta para jogar como médio criativo, mas não passava a bola. Jorge Jesus parou o treino e perguntou- lhe se pensava que era o Zico (risos). Disse-lhe: 'a partir de hoje vais jogar a volante (trinco) e só dás dois toques na bola'. E acabou por encontrar a melhor posição para o Harison jogar...”
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo