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Folio recebe um Prémio Nobel da Literatura, estuda a Utopia e ouve Camané e Jobim

27 mar 2016 00:00

Folio A segunda edição do Festival Literário Internacional de Óbidos será dedicado ao livro Utopia, do inglês Thomas More, publicado em 1516 e que celebra 500 anos. Mas há mais novidades, como a presença do Nobel da Literatura V.S. Naipaul no festival em

(Fotografia: CMO)
 Afonso Cruz (Fotografia: DR)
Afonso Cruz (Fotografia: DR)
Afonso Cruz (Fotografia: DR)
Djaimilia Pereira de Almeida (Fotografia: DR)
Djaimilia Pereira de Almeida (Fotografia: DR)
Djaimilia Pereira de Almeida (Fotografia: DR)
Vidiadhar Surajprasad Naipaul (Fotografia: DR)
Vidiadhar Surajprasad Naipaul (Fotografia: DR)
Vidiadhar Surajprasad Naipaul (Fotografia: DR)
Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares
 Jón Kalman Stefánsson (Fotografia: DR)
Jón Kalman Stefánsson (Fotografia: DR)
Jón Kalman Stefánsson (Fotografia: DR)
Jacinto Silva Duro

Prepare-se.

Entre 22 de Setembro a 2 de Outubro, todos os caminhos vão dar a Óbidos.

A velha vila medieval vai receber, entre muralhas, a segunda edição do Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos que, este ano, aparece organizado em cinco capítulos: Folia, Folio Autores, Folio Educa, Folio Ilustra e Folio Mais e convida o Prémio Nobel da Literatura, Vidiadhar Surajprasad Naipaul a estar presente para participar na discussão da Utopia, de Tomas More.

A data marcada para o início do certame literário que, este ano, é dedicado aos cinco séculos da publicação da obra Utopia, é 22 de Setembro, mas a verdade é que o festival vai começar antes, com animação cultural e eventos ligados ao mundo das letras.

O Folio foi apresentado na terça-feira, na livraria Ler Devagar, na LX Factory, em Lisboa, com a presença dos curadores José Eduardo Augalusa, Anabela Mota Ribeiro, José Pinho, Maria José Vitorino e Mafalda Milhões, do ministro da Cultura, João Soares, do presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, e do presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques.

Para já, foi anunciada a presença de autores de renome, como o já referido Prémio Nobel da Literatura e o islandês Jón Kalman Stefánsson, haverá ainda espectáculos de música, exposições e teatro, havendo uma “programação sistemática, quase semanal” e até uma leitura comentada do historiador Rui Tavares, da Utopia, de Thomas More.

O ano passado foi virado para a Lusofonia e Brasil, mas este ano vamos ter mais autores estrangeiros”, referiu o escritor angolano, José Eduardo Agualusa, que é um dos responsáveis pela organização do evento Folio Autores.

Tal como em 2015, o festival convidou 50 autores portugueses e estrangeiros, que estarão presentes em conferências e tertúlias com o público, as Mesas, que terão temas definidos, para falar de literatura, autores e… utopias, ou não fosse o aniversário da publicação de um dos mais importantes livros da história do pensamento.

Agualusa deixa claro que, entre os vários objectivos para 2016, está a ideia de mostrar ao público as temáticas e os trabalhos mais interessantes que se estão a produzir no mundo das letras, a nível global.

Autores nacionais e internacionais convidados

Essa mundialização das letras fica marcada pela presença do escritor natural das ilhas de Trinidad e Tobago, Vidiadhar Surajprasad Naipaul (84 anos), autor de Uma casa para Mr. Biswas e vencedor do Nobel da Literatura, em 2001, a quem se reúnem o islandês Jón Kalman Stefánsson, autor da trilogia de The heart of man e cujo livro Paraíso e Inferno, publicado em 2007, foi considerado pela crítica como o melhor romance islandês dos últimos anos, o mexicano Juan Pablo Villalobos (Festa no covil), e a luso-angolana Djaimilia Pereira de Almeida, investigadora da Fundação para a Ciência e Tecnologia, autora de Esse cabelo.

“O festival contará com a presença deste autores bem conhecidos do público e de outros menos conhecidos”, anuncia o organizador do Folio Autores.

Entre os portugueses encontram-se nomes como Miguel Sousa Tavares, Afonso Cruz e Rui Cardoso Martins.

Falar mais do que das letras

As iniciativas culturais do Folio vão muito além da literatura, contando com uma secção própria dedicada à Folia, cuja responsabilidade recai em Anabela...

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