Sociedade

Fotógrafa usa imagem como arma contra a violência sobre as crianças

17 dez 2017 00:00

Susana Alexandre nasceu em Peniche, mas vive em Paris há 27 anos.

fotografa-usa-imagem-como-arma-contra-a-violencia-sobre-as-criancas-7840
Maria Anabela Silva

Foi em Peniche, onde nasceu e passou a infância, que Susana Alexandre descobriu o prazer da fotografia, quando desaparecia “por umas horas” com a máquina da mãe. Mas, só muitos anos mais tarde, já em França, onde vive há 27 anos, se atreveu a mostrar ao público o seu trabalho.

A sua primeira exposição aconteceu em 2013, em Paris, 'empurrada' pelo apoio e incentivo do ex-cônsul Geral de Portugal na capital francesa, Pedro Lourtie. A última mostra, intitulada 119, aborda a violência sexual sobre as crianças.

Em 119, Susana Alexandre chama a atenção para este tipo de comportamento da sociedade e, ao mesmo tempo, ajuda a divulgar a linha telefónica que, em França, é usada para a denúncia de casos de violência sobre menores.

Depois de, no ano passado, ter estado patente no Salão de Fotografia Contemporânea de Paris, a autora quer levar o trabalho a outros espaços, porque, diz, tratase de uma série com “mensagem” e com “informação”.

“Todos os trabalhos são únicos, pois resultam em séries diferentes. Cada um deles foi de um pouco de mim que dei. Mas, se tivesse de escolher o que mais me marcou, diria a última série – 119- que fala sobre a violência sexual sobre crianças”, confessa a fotografa, de 43 anos, que já expôs nos consulados de Portugal em Paris e Hamburgo (Alemanha) e em Paris – La Défense (o maior centro financeiro da capital de França).

Em Portugal, o trabalho de Susana Alexandre já esteve patente na Assembleia da República, na Fortaleza de Peniche e no Museu de Espinho, entre outros espaços.

Para perceber a ligação de Susana Alexandre à fotografia é preciso recuar à sua infância, vivida em Peniche. “Sempre me conheci com ligação à fotografia. Desde muito pequena que fazia 'desaparecer' a máquina da minha mãe durante umas horas para poder fotografar. Claro que ela me ralhava muito, porque a máquina era só para momentos especiais”, conta ao JORNAL D

Este conteúdo é exclusivo para assinantes

Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?

Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.

Já é assinante? Inicie aqui
ASSINE JÁ