Sociedade

Fotojornalistas e fotógrafos vendem fotografias para ajudar bombeiros

17 jul 2017 00:00

Lucros da venda de imagens captadas pelas objectivas de profissionais da imagem revertem para os bombeiros.

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Na acção Uma imagem solidária, fotografias captadas por quase mais de uma centena de fotojornalistas e fotógrafos profissionais podem ser vistas e compradas, por um valor mínimo de 20 euros, explica o mentor da iniciativa, o fotojornalista António Cotrim.

A este juntaram-se a fotógrafa Cristina Fernandes e o jornalista Paulo Guerrinha, que conseguiram reunir mais de 170 fotografias que podem ser adquiridas no dia 19 de Julho no Museu das Comunicações, Lisboa, a partir das 18 horas, e na quinta-feira, dia 20, a partir das 10 horas.

A acção destes fotojornalistas, sob o lema "o melhor de cada um de nós para o melhor de todos nós", estendeu-se a outros profissionais da fotografia.

"Neste momento de solidariedade não deve haver barreiras entre fotógrafos com e sem carteira de jornalista, deve haver união", referiu o fotojornalista da agência Lusa.

As imagens são de tema livre e impressas no formato 30x40 tendo, como algumas, sublinha António Cotrim, chegado de Macau, da China, da Alemanha, de França e do Brasil.

Na página da iniciativa na rede social Facebook já foram sendo divulgadas algumas das imagens, disponíveis para venda por um valor mínimo "simbólico, que não paga o trabalho de quem fotografou, mas que tenta ir ao encontro do maior número de participantes".

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de Junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afectado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afectadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos directos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia, sem contar com os custos com meios aéreos, bombeiros, equipamento, viaturas e combustível.

A fileira florestal e do eucalipto facturaram no ano passado 2.100 milhões de euros.

Lusa com JORNAL DE LEIRIA