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Governo anuncia acordo entre SAMP e ICNF para festival Pinhal das Artes em 2017
Na última edição, em 2014, o festival de artes para a primeira infância recebeu quase 10 mil visitantes.
O Governo anunciou esta segunda-feira um entendimento entre a Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP) e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) para realizar o festival Pinhal das Artes em 2017.
Em comunicado, a secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural revelou que do encontro entre as partes e o secretário de Estado Amândio Torres, no dia 15 de Janeiro, resultou "o compromisso de organizar de imediato um calendário de contactos entre a SAMP e o ICNF, tendo em vista uma solução para o evento de 2017" ter lugar no Pinhal de Leiria.
Para isso será estabelecido "um protocolo de parceria entre o ICNF e a SAMP já no final do mês de Fevereiro", quando se prevê que o trabalho de articulação entre as partes se espera estar concluído.
Até lá, SAMP e ICNF vão estudar a "adopção de medidas de segurança acrescidas ou, em alternativa, a deslocalização do festival para zonas alternativas", porque se concluiu "que os níveis de participação de público", no evento que acontece "no período crítico de incêndios", exigem maiores cuidados para preservar a mata nacional.
Na última edição, em 2014, o festival de artes para a primeira infância recebeu quase 10 mil visitantes.
"O ICNF manifestou sempre, ao longo deste processo, todo o interesse em que a VIII Edição [do Pinhal das Artes] se concretize, disponibilizando-se para encontrar soluções conjuntas, que garantam a segurança dos participantes", acrescenta o documento.
Na reunião de 15 de Janeiro, a SAMP admitiu a possibilidade de se estudarem alternativas à localização do festival, salvaguardando contudo que "existem características funcionais, paisagísticas, lúdicas e de enquadramento cénico que tornaram única a localização até agora encontrada", no Lugar das Árvores, junto a S. Pedro de Moel, na Marinha Grande, situação que o ICNF considera "pertinente".
Amândio Torres manifesta estranheza pela posição da SAMP, que cancelou a edição no início de 2016, alegadamente por o ICNF ter proibido a realização do festival na localização utilizada desde 2007, supostamente pelos estragos causados com a circulação dos carrinhos de bebés.
Em resposta, o ICNF alegou que a instituição de Leiria não formalizara qualquer pedido de utilização do espaço, pelo que não havia sido tomada qualquer decisão.
"Existiram problemas de comunicação entre a SAMP e o ICNF IP, que não permitiram o cabal esclarecimento das condicionantes verificadas e das alternativas propostas", conclui o secretário de Estado, no documento hoje divulgado.
O governante manifestou a "total disponibilidade do Executivo para continuar a apoiar a realização destes festivais, sem deixar de se atender aos aspetos da segurança de pessoas e bens e à logística necessária para o suporte de eventos desta natureza, uma vez que na última edição participaram mais de 10 mil pessoas".
Apesar do princípio de entendimento, o festival Pinhal das Artes não terá lugar em 2016. A SAMP argumenta que "neste momento o calendário já não lhe permite organizar atempadamente nem a agenda de patrocínios nem o programa artístico".
Agência Lusa/Jornal de Leiria