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Há Música na Cidade, um festival para guardar no coração
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Imagine um evento aberto à nova música, à música clássica, à música alternativa que pode ser visitado através de um simples passeio pela cidade e que nos fica no coração.
Pessoas da cidade, da região e de outras zonas do País, foram atraídas pela grande festa da música que se realiza em Leiria desde 2009, para celebrar o aniversário do JORNAL DE LEIRIA. Esta quinta edição do Há Música na Cidade (HMC), agora, em formato bienal, foi a mais concorrida.
Melodias para todos os gostos, idades e públicos, em mais de 120 espectáculos reuniram perto de 1200 artistas na cidade do Lis. Ruas, arcadas, praças, esquinas, terraços e calçadas, e mesmo a parede do JORNAL DE LEIRIA e até os telhados da cidade foram ocupados por bandas, bailarinos e até ginastas vindos de Leiria e da região ao redor da capital de distrito.
De destacar o memorável concerto de uma das melhores bandas de Leiria, os The Allstar Project que, a celebrar 15 anos de actividade, foram, finalmente, "descobertos" por muitos leirienses que ainda desconheciam um dos melhores colectivos nacionais - e por que não dizê-lo? - e mundiais de post-rock, comparáveis a Mogwai ou God is an Astronaut.
Esperemos que o HMC seja a catapulta que lhes falta para serem verdadeiramente conhecidos por uma larga franja de público. Seja como for, da fama de serem uma banda mítica, já não se escapam.
De resto, tomem nota para estes nomes: Surma, Nuno Rancho & a Few Fingers, Les Crazy Coconuts, Whales, Twin Transistors, First Breath After Coma ou Horse Head Cutters, porque eles estão fadados a coisas grandes.
Mas também as centenas de músicos clássicos dos conservatórios, das filarmónicas e escolas de música mostraram que, o mais certo é que, dentro em pouco, começaremos a ouvir falar dos seu grandes feitos nas grandes orquestras sinfónicas.
O HMC serviu, acima de tudo, para mostrar que, não só o que é nacional é bom, mas que a música de Leiria é a melhor. Mas havia quem ainda tivesse dúvidas?
A festa, para desgosto da organização e de vários grupos que estavam programados para palcos ao ar livre, só não foi maior devido à iminência do mau tempo. Caso São Pedro tivesse colaborado, o HMC 2015 teria sido ainda melhor e maior.
Por fim, é de salientar o carácter generoso dos milhares de músicos, voluntários, patrocinadores, parceiros e várias entidades que ajudaram a construir esta festa onde os artistas tocaram gratuitamente e cuja grande recompensa foi saber que o seu trabalho agradou ao público.
Já agora, foi com agrado que notámos que muitas pessoas agarraram a ideia que o JORNAL DE LEIRIA lançou e presentearam os chapéus e estojos de guitarra dos artistas com algumas simbólicas moedas e notas. Pode ser que, em Leiria, tenhamos lançado o embrião de uma coisa muito boa nos festivais de rua, como o HMC.
Até à próxima, o JORNAL DE LEIRIA teve o maior gosto em organizar para todos vós esta 5.ª edição do Há Música na Cidade.