Sociedade
Hábitos de vida em quarentena estudados por docentes do IP Leiria
Alimentação, sono/descanso e actividade física são alguns dos itens a analisar.
Caracterizar os hábitos de vida durante o período de isolamento social e “analisar a sua relação com os níveis de ansiedade e satisfação das necessidades psicológicas básicas percepcionados” são os principais objectivos de um estudo que está a ser feito por docentes da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria. Alimentação, sono/descanso e prática de actividade física durante a quarentena são alguns dos aspectos a avaliar pelo inquérito.
Raul Antunes, coordenador do trabalho, explica que a ideia de fazer o estudo partiu da análise feita à actualidade, nomeadamente “à quantidade de alterações à vida de cada um” causadas pelas medidas de contingência. “Numa fase em que tanto se fala da saúde e da necessidade de adopção de comportamentos preventivos, parece-nos também muito relevante compreender as condições de vida das pessoas neste período e procurar analisar a relação com os níveis de ansiedade e com a percepção de satisfação das necessidades psicológicas básicas”, acrescenta o docente.
Assim, além de aspectos da vida quotidiana, como os hábitos de alimentação, sono/descanso e exercício físico, o inquérito pretende também analisar os níveis de ansiedade e “compreender a percepção de satisfação das necessidades psicológicas básicas (relação, autonomia e competência)”. Em suma, os autores do estudo pretendem “contribuir para a compreensão do fenómeno que estamos a viver de forma a poder apresentar algumas pistas e estratégias que permitam auxiliar a população”.
O estudo dirige-se a pessoas com mais de 18 anos, com “interesse em participar”. O objectivo dos seus autores é “chegar ao maior número de pessoas”, de diferentes faixas etárias, de ambos os géneros e que estejam, neste período, em diferentes situações (isolamento social, teletrabalho, quarentena ou mesmo ainda a trabalhar presencialmente).
Coordenada por Raul Antunes, a equipa integra ainda Nuno Amaro, Rui Matos, Rogério Salvador, Ricardo Rebelo-Gonçalves e Pedro Morouço, todos docentes da ESECS, e conta com a colaboração de Roberta Frontini, investigadora da Universidade de Aveiro.