Sociedade
Hugo Oliveira: "Deixem o Luís trabalhar porque o País vai sentir a diferença"
Líder da distrital de Leiria do PSD entende que os resultados são "um sinal claro" de que os eleitores quiseram reforçar a AD e "castigar" o PS
Para o líder da distrital do PSD, Hugo Oliveira, reeleito deputado à Assembleia da República, os resultados do sufrágio deste domingo expressam "um sinal claro" de que os portugueses e os leirienses reconhecem que "o Governo estava a governar bem". Por isso, "reforçaram a vitória da AD, castigando claramente o PS pelo estado em que deixou o País e o distrito".
Em declarações aos jornalistas, proferidas na sede do PSD Leiria, o social-democrata confessou estar "muito satisfeito" com a vitória da AD no País e no distrito, circulo eleitoral onde a coligação manteve os cinco deputados, embora tenha tido mais 1.943 votos do que nas últimas legislativas, passando de 35,21% para 37,06%.
Hugo Oliveira recordou ainda as declarações proferidas, em 2022, quando, na mesma sala onde hoje os sociais-democratas acompanharam a noite eleitoral, assumiu a derrota e prometeu trabalhar para melhorar o resultado. "Ganhámos em 2024 e, agora, em 2025", assinalou o líder da distrital do PSD, considerando que "o eleitorado está mais maduro, mas cansado do sistema político".
Apesar de não haver maioria absoluta, Hugo Oliveira não têm dúvidas da capacidade do PSD para, juntamente com o CDS-PP, governar Portugal. "Ninguém aceitaria numa altura destas que não fosse assim. Há um reforço da confiança em Luís Montenegro", frisou, recuperando o hino de campanha da AD para fazer um apelo: "Deixem o Luís trabalhar porque o País vai sentir a diferença".
O líder da distrital do PSD realçou ainda o "fenómeno Chega", com o partido de André Ventura a afirmar-se como a segunda força política mais votada no distrito (teve mais 10.851 votos do que o PS), bem como o "castigo" ao PS no distrito. "O eleitorado penalizou aqueles que não eram do distrito e que vieram para as listas", apontou.
Questionado se o partido deve manter a posição de "não é não" em relação ao Chega, Hugo Oliveira sublinhou que essa é uma decisão que cabe ao presidente do PSD, expressando, no entanto, a sua convicção de que é "difícil" haver uma alteração a essa posição. "O eleitorado foi claro, reforçando a AD, que tem condições para 'deixar o Luís trabalhar'. É isso que é necessário fazer para o bem do País", reforçou.