São serpentes de luz que se estendem pelo firmamento em tons avermelhados.
As auroras boreais são quase um exclusivo dos países nórdicos, mas, pela terceira vez, este ano, estão visíveis na latitude de Portugal.
Rui Santos, 33 anos, um jovem fotógrafo nascido e criado nos arredores de Leiria conseguiu, ontem, captar as "luzes do norte" junto à Lagoa da Ervedeira.
Explica que tem andando em perseguição deste fenómeno desde Maio, mês em que foi mais forte.
"O ciclo solar tem estado muito activo nos últimos dias", conta.
Por essa razão, quando ontem, com o sol a pôr-se, se dirigiu para as margens da lagoa, cenário que permite observar o céu sem obstáculos, sentia no coração que poderia ter a sorte de conseguir capturar as veneráveis auroras.
E conseguiu capturar três imagens até que, às 21 horas, as nuvens o impediram de continuar a tarefa.
Após décadas sem serem observadas em Portugal, as auroras boreais apareceram em Maio de forma mais intensa e, mais discretamente, em Agosto.
A razão prende-se com o facto de o Sol atingir este ano o máximo de actividade no ciclo solar de 22 anos.
Estas auroras resultam do impacto de partículas de vento solar altamente carregadas de energia com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético que protege o planeta da radiação.
Rui Santos, 33 anos, nascido e criado nos arredores de Leiria
"Desde cedo desenvolvi um espírito autodidacta no campo das artes, onde encontrei não só uma forma de expressão, mas também um refúgio para as adversidades do quotidiano.
Sempre senti que a arte me deu mais do que alguma vez fui capaz de lhe retribuir.
Este percurso criativo começou em 2007, no mundo da música, integrando diversos projectos ao longo dos anos.
Eventualmente, senti a necessidade de criar algo mais pessoal, o que me levou a desenvolver o meu próprio projecto a solo, onde compunha e produzia toda a instrumentação.
Assim nasceu o "Living Impressions".
Durante este período musical, viajei por Portugal, o que me despertou a atenção para as variadas nuances da natureza e para a beleza de nosso território.
Em 2020 deu-se o despertar para a fotografia. Decidi então fundir a minha paixão pela arte visual com o nome do meu projecto musical, criando o "Living Impressiono - Photography".
Desde então, explorei várias vertentes fotográficas, incluindo fotografia aérea, de paisagem, macrofotografia, fotografia de vida selvagem, astrofotografia de paisagem e astrofotografia de céu profundo.
Ao longo destes quatro anos, tive o privilégio de ver o meu trabalho ser publicado na revista National Geographic, partilhado pela NASA e divulgado em plataformas científicas de renome, como Earthsky, The World at Night e Sky and Telescope.
Fui também destaque em vários artigos de comunicação social e participei em exposições colectivas.
Entre os concursos fotográficos onde participei, destaco as seguintes conquistas:
• Vencedor por votação pública na 6.ª edição do Concurso Internacional de Fotografia PhotoFuniber;
• Vencedor do 1.° Concurso de Fotografia do Aspiring Geoparque Oeste;
• Vencedor do 2.° Concurso de Fotografia dos Geoparques da UNESCO;
• Distinguido pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência, de Universidade de Lisboa, na categoria de Geodiversidade, no seu 5.° Concurso Fotográfico;
• Participação no Concurso de Fotografia DRONE &ASTRO AWARDS 2021, com exposição na Eslovénia no Centro de Tecnologias Espaciais Herman Potočnik, integrando o catálogo ao lado de fotógrafos internacionais;
• Participação no Concurso de Fotografia Transversalidades 2023, promovido pelo Centro de Estudos Ibéricos, com as minhas fotografias incluídas no catálogo ao lado de profissionais das mais variadas partes do globo."