Desporto
João Almeida quer experimentar novas corridas em 2024
O ciclista de Caldas da Rainha assumiu a vontade de competir o Critério do Dauphiné ou as clássicas das Ardenas
João Almeida quer novos desafios para 2024, com o ciclista de Caldas da Rainha a admitir que, além da Volta a França, gostaria de fazer “outro tipo de corridas”, nomeadamente o Critério do Dauphiné ou as clássicas das Ardenas.
"Ainda não foi discutido o calendário, mas gostava de fazer a Volta a França, porque já corri o Giro muitas vezes e começa a ser um pouco repetitivo. Gostava também de fazer o Dauphiné ou a Volta à Suíça e outro tipo de corridas. Se calhar, ir às clássicas das Ardenas […]. [Ter] outros desafios acho que é importante também como corredor”, assumiu, numa entrevista publicada na newsletter da Federação Portuguesa de Ciclismo.
Depois de ter sido terceiro na Volta a Itália deste ano e de se tornar no primeiro português a terminar a ‘corsa rosa’ no pódio, o corredor da UAE Emirates tem insistido que quer estrear-se no Tour, uma pretensão que, de acordo com Almeida, “não depende” da presença de outros nomes grandes da sua equipa, como Tadej Pogacar, campeão em 2020 e 2021 e ‘vice’ nas últimas duas edições, atrás do dinamarquês Jonas Vingegaard.
“Mas também é um ano em que temos os Jogos Olímpicos, depois temos a Vuelta a começar em Portugal… também é bastante especial. Temos de gerir bem o calendário. Pessoalmente, antes de saber que ia começar em Portugal, o meu objectivo era só o Tour e os Jogos Olímpicos, obviamente se for [convocado], e, se calhar, deixar a Vuelta como um plano B, se me sentisse bem. Começando em Portugal… raramente acontece uma grande Volta começar no nosso País, então acho que era muito bom fazer a Vuelta”, admitiu.
Após ter ficado no ‘top 10’ de 22 das 25 corridas por etapas em que participou desde 2020, ano em que se estreou por uma equipa do WorldTour – a Deceuninck-Quick Step -, o ciclista de A-dos Francos (Caldas da Rainha) quer agora experimentar outro tipo de provas, nomeadamente as clássicas das Ardenas.
“Nos últimos anos, tenho-me vindo a focar bastante nas provas por etapas, faço muito poucas provas de um dia. A única vez que fiz [uma clássica das Ardenas, a Liège-Bastogne-Liège, em 2021], até me senti bastante bem, mas é uma corrida diferente do que estou habituado e a preparação terá de ser diferente”, declarou.
Aos 25 anos, Almeida não aponta metas para a sua carreira, uma vez que não gosta “de ter objectivos a longo prazo”, preferindo “ir ano a ano e ir melhorando”, mas lá vai reconhecendo que perpetuar ou melhorar o seu registo em grandes Voltas é algo que lhe passa pela cabeça.
“Já fiz um pódio numa grande Volta, se pudesse fazer mais pódios ou até vencer… sabemos que hoje em dia é muito difícil. Estar a discutir as corridas é o meu objectivo de carreira”, concluiu o português, que terminou a época como 10.º melhor ciclista de 2023 no ranking da União Ciclista Internacional.