Sociedade

Jornadas revisitam julgamento de padre que atacou João Paulo II em Fátima

1 nov 2022 12:00

Iniciativa acontece num momento em que passam 40 anos sobre o julgamento do padre que confessou ter atentado contra a vida do Papa João Paulo II. As jornadas realizam-se esta sexta-feira, no Teatro Municipal de Ourém, concelho onde decorreu o julgamento.

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João Paulo II veio a Fátima, em Maio de 1982, um ano depois do ataque que sofreu na Praça de São Pedro, em Roma
DR

O julgamento do padre Juan Krohn que, em 12 de Maio de 1982, foi detido em Fátima por tentativa de atentado contra o Papa João Paulo II, vai ser revisitado, esta sexta-feira, dia 4, nas II Jornadas de Direito Criminal da Comarca de Santarém, que decorrerá no Teatro Municipal de Ourém e que contará com a presença da ministra da justiça na sessão de encerramento.

A iniciativa acontece num momento em que passam 40 anos sobre o julgamento do padre integralista que tentou atacar o Papa com um sabre

por tentar aproximar-se de João Paulo II (1920-2005) com um sabre, confessando ser sua intenção atentar conta a vida do Papa. O 'processo Krohn', como ficou conhecido, terminou com a condenação do sacerdote a uma pena de sete anos de prisão, proferida por um colectivo de juízes que estará presente nestas jornadas.

A sessão de abertura, marcada para as 9:30 horas, contará com as intervenções dos presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Judicial da Comarca da Santarém, respectivamente, o juiz conselheiro Henrique Araújo e o juiz Luís Miguel Caldas, e do presidente da Câmara de Ourém. Segue-se uma apresentação do 'caso Kronh' pela jornalista Rita Marrafa de Carvalho (RTP) e uma mesa redonda que junta o colectivo de juízes que julgou o processo.

O programa inclui ainda palestras de André Lamas Leite, professor da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, e do advogado Saragoça da Matta, terminado com a intervenção da ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro. À tarde, será inaugurada a exposição 40 anos do processo crime do atentado de 12 de maio de 1982 contra o Papa João Paulo II, que ficará patente no Castelo de Ourém durante pelo menos um mês.

Durante as jornadas deverá ser formalizada a entrega do processo judicial ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que o receberá "transitoriamente". "Tratando-se de um processo individual, ele será remetido depois para o Arquivo Distrital de Santarém, espaço mais indicado devido à relevância do processo", afirmou à agência Lusa Silvestre Lacerda, o director-geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas.