Sociedade
José Travaços Santos homenageado com monumento na Batalha
Grupo de amigos e Centro do Património da Estremadura juntos em evento para agraciar etnólogo
Um grupo de amigos e o Centro do Património da Estremadura (CEPAE), com a colaboração do Município da Batalha, vão homenagear José Travaços Santos, no próximo domingo, dia 24, com a inauguração de um monumento na Batalha.
A iniciativa pretende assinalar décadas de vida dedicadas à tradição e ao património, especialmente na defesa do Mosteiro da Batalha, do etnógrafo.
Segundo informação do CEPAE, está agendado um almoço pelas 13 horas no Restaurante Etnográfico da Golpilheira, sendo necessária inscrição e aquisição do respectivo bilhete.
Os bilhetes podem ser adquiridos no quiosque da Batalha ou na Tabacaria Marques, na entrada da Praça Rodrigues Lobo, em Leiria.
Por volta das 15:30 horas, será inaugurado o Monumento José Travaços Santos, da autoria do artista Rui Basílio, na Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha.
A exposição José Travaços Santos – Um homem ao serviço da Cultura está patente na Galeria do Posto de Turismo da Batalha, até ao dia 9 de Abril.
Com 93 anos, Travaços Santos “é uma referência na região” e “é reconhecido a nível nacional e, em algumas áreas, a nível internacional”, disse à Lusa o presidente do CEPAE, Adélio Amaro.
“José Travaços Santos tem um percurso imenso, editou vários livros, fez pesquisas no terreno, ajudou imensos grupos de folclore. É também apaixonado pela história, tendo o Mosteiro da Batalha como o seu ‘ex libris’ de vida, do qual sabe a história como ninguém”, acrescentou.
A iniciativa surge agora porque “não se pode esquecer este mestre com 93 anos”, cujo “legado que tem deixado tem sido imenso”.
O trajecto do investigador foi reconhecido em 2012, com a atribuição do Óscar Mundial do Folclore, pela União Internacional das Federações dos Grupos de Folclore, o que “mostra a sua importância no mundo da etnografia”.
Além disso, Travaços Santos “é uma referência nacional, todos os grupos no país praticamente conhecem o trabalho dele”, sendo que “outros conhecedores e investigadores dentro da área da antropologia, da etnografia, vieram ‘beber’ às suas pesquisas”.