Sociedade

Jovem jurista de Leiria ajuda desalojados pelas cheias em Timor

11 abr 2021 10:14

Beatriz Nogueira lançou apelo nas redes sociais

Cheias em Timor-Leste fizeram centenas de desalojados, que perderam tudo, menos a vida
Cheias em Timor-Leste fizeram centenas de desalojados, que perderam tudo, menos a vida
DR
Cheias em Timor-Leste fizeram centenas de desalojados, que perderam tudo, menos a vida
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Cheias em Timor-Leste fizeram centenas de desalojados, que perderam tudo, menos a vida
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Jacinto Silva Duro

Beatriz Coelho Nogueira, 25 anos, está há dois anos em Timor-Leste. Jurista, natural de Leiria, trabalha num escritório timorense de advocacia em Díli, a capital.

Nos últimos dias, foi testemunha das cheias que devastaram o país e que provocaram, pelo menos, 34 mortos e 84,3 milhões de euros (100 milhões de dólares) de prejuízos, só em Díli.

Juntamente com outros voluntários, tem ajudado as pessoas que se refugiaram na cidade, após verem arrastados pelas águas os lares, os animais e, basicamente, todos os pertences e todas as formas de subsistência.

Beatriz Coelho Nogueira, 25 anos, está há dois anos em Timor-Leste

 

Beatriz vive na zona alta da Díli, pelo que a sua casa não sofreu com o transbordo das ribeiras que canalizaram a água das montanhas para a cidade e em cujas margens viviam a maior parte dos desalojados.

“Mas o resto da capital e de Timor-Leste, em geral, foram muito afectados. Assim que parou de chover, fomos tentar ajudar”, relata.

Nos centros de apoio, criados pelas autoridades ou formados espontaneamente por quem procurava um local seguro e seco para si e para os seus, Beatriz tem conversado com as pessoas e anotado as suas necessidades, para depois as passar às autoridades.

“As Organizações Não Governamentais [ONG] têm alimentado os deslocados, mas falta-lhes tudo.”

Há sítios com 300 pessoas e há sítios com mais de duas mil.

Nas cozinhas do Hotel Timor, propriedade da Fundação Oriente, voluntários preparam refeições com alimentos doados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O parque de estacionamento subterrâneo do Ministério das Finanças e o antigo liceu, por exemplo, oferecem algum abrigo, mas não há colchões, não há casas de banho e não há condições de higiene para as muitas grávidas e mães com recém-nascidos que ali procuraram refúgio.

Para ajudar a suprir as necessidades básicas da população, castigada durante décadas pela ocupação indonésia, a jovem fez um apelo na sua página de Facebook, para a angariação de fundos. Amigos e família já ajudaram, mas será preciso mais para apoiar a população mais pobre.

“As pessoas estão calmas, no entanto, precisam praticamente de tudo, para reerguer as suas vidas”, conta Beatriz, garantindo que todas as angariações na sua página são de confiança.

Clique aqui e veja como ajudar