Desporto

Legado de José Mourinho subsiste na União de Leiria pela mão de Micael Pedrosa

2 set 2021 19:00

Há 20 anos, o actual técnico da Roma espalhava magia nas margens do Lis. Micas, que agora treina os juniores, integrava o plantel e estava encantado com tudo o que o rodeava

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Micas gosta que a equipa que lidera jogue cada jogo como se fosse o último
Ricardo Graça

Foi há precisamente duas décadas que o futebol da União de Leiria ficou marcado pela revolução trazida por José Mourinho.

A época 2001/02 trouxe um manancial de novidades, com métodos diferentes e o célebre treino integrado à cabeça, bem como formas disruptivas de encarar atletas, adversários e comunicação social, utilizando os célebres mind games que imortalizou, depois, ao serviço do Chelsea.

No grupo de trabalho, pleno de craques como Derlei, Maciel, Tiago, Silas, Bilro, Nuno Valente e Costinha, também estavam jovens lobos formados no clube e à procura de afirmação, como Laranjeiro, Regueira, João Paulo ou Micas.

Vitórias atrás de vitórias e o quarto lugar à 19.ª jornada acabaram por reduzir a meia temporada a permanência do treinador, seduzido pelo FC Porto, mas o legado na cidade permanece, até hoje, passados 20 anos.

No balneário da equipa júnior da União de Leiria, Micas – agora Micael Pedrosa – transmite muito do que foi ouvindo ao longo da carreira de futebolista profissional, sobretudo naquele meio ano com José Mourinho que o marcou de forma primordial.

“Aprendi muita coisa com ele. Desde a metodologia, à forma de estar, à mentalidade forte e à vontade de ganhar, não ter medo de ninguém e enfrentar toda a gente olhos nos olhos”, explica o treinador da equipa sub-19.

“A metodologia, a forma como geria o balneário e conseguia impor as suas palavras no grupo de forma fácil foi o que mais me marcou”, sublinha o antigo lateral-esquerdo, que não teve muitas oportunidades com Mourinho – alinhou em duas ocasiões nessa temporada – mas não esquece o dia em que o agora líder da Roma o lançou na 1.ª Liga, frente ao Belenenses.

“Depois de acabar o jogo fui um dos selecionados para ir ao controlo anti-doping e levaram-me para uma salinha onde ninguém podia entrar. De repente, alguém bate à porta: era Mourinho. O médico avisou-o de que não podia entrar e ele respondia que só queria dar os parabéns ao seu jogador. Lá conseguiu dar-me um abraço, mas de uma forma tão eufórica que parecia que ele é que se tinha estreado na 1.ª Liga. Foi um gesto que me marcou e mostra a importância que ele dá aos seus

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