Leirena estreia produção no Ronda Poetry Festival, a partir da obra de Saramago
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Leirena estreia produção no Ronda Poetry Festival, a partir da obra de Saramago
20 mar 2021 13:57
Hoje, às 22 horas
Leirena Teatro e o seu Teatro do Globo
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Redacção
redaccao@jornaldeleiria.pt
Hoje, dia 20 de Março, sábado, o Leirena Teatro, de Leiria, apresenta no Ronda Poetry Festival, o resultado do primeiro laboratório em torno da obra de José Saramago.
O ano de 1993, é a obra escolhida para uma produção do Globo de Saramago - 1993, que estreia às 22 horas na página de Facebook do Ronda Poetry Festival.
Esta é uma concepção e criação do Leirena Teatro em co-produção com a Leiria Cidade Criativa da Música e Fundação José Saramago, destinada à celebração do ano centenário, com estreia marcada para o próximo ano.
Saber mais aqui.
Acerca d'O ano de 1993
São pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático.
"O interrogatório do homem que saiu de casa depois da hora de recolher começou há quinze dias e ainda não acabou / Os inquiridores fazem uma pergunta em cada sessenta minutos vinte e quatro por dia e exigem cinquenta e nove respostas diferentes para cada uma / É um método novo / Acreditam que é impossível não estar a resposta verdadeira entre as cinquenta e nove que foram dadas / E contam com a perspicácia do ordenador para descobrir qual delas seja e a sua ligação com as outras / (…) / O homem que saiu de casa depois da hora de recolher não dirá porque saiu / E os inquiridores não sabem que a verdade está na sexagésima resposta / Entretanto a tortura continua até que o médico declare / Não vale a pena."
São pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático.
"O interrogatório do homem que saiu de casa depois da hora de recolher começou há quinze dias e ainda não acabou / Os inquiridores fazem uma pergunta em cada sessenta minutos vinte e quatro por dia e exigem cinquenta e nove respostas diferentes para cada uma / É um método novo / Acreditam que é impossível não estar a resposta verdadeira entre as cinquenta e nove que foram dadas / E contam com a perspicácia do ordenador para descobrir qual delas seja e a sua ligação com as outras / (…) / O homem que saiu de casa depois da hora de recolher não dirá porque saiu / E os inquiridores não sabem que a verdade está na sexagésima resposta / Entretanto a tortura continua até que o médico declare / Não vale a pena."
