Sociedade
Leiria e São Tomé e Príncipe falam a mesma língua: solidariedade
Em Leiria nasceu um projecto que dignifica o conhecimento dos idosos, e a comunidade que os recebe. Chama-se Unidos por São Tomé e Príncipe e promete ser o primeiro de muitos
Gastronomia, dança, música, desfiles de molda, exposições artísticas e debates que deram a conhecer o melhor de São Tomé e Príncipe (STP) à população de Leiria.
Estas foram algumas das actividades dinamizadas no passado fim-de-semana, no Mercado de Sant'Ana, e que tiveram também como objectivo cativar interessados em aderir Bolsa de Voluntariado da Associação Portuguesa para a Promoção do Envelhecimento Activo e Saudável (APpeas).
E por que razão está a APpeas a procurar voluntários? Esta associação tem em curso o projecto Unidos por São Tomé e Príncipe, uma iniciativa de voluntariado que pretende dar resposta a necessidades de saúde, educação, agricultura, cultura, empreendedorismo e ambiente identificadas pelos próprios governantes e dirigentes daquela comunidade africana.
Rita Andrade, vice-presidente da APpeas e mentora deste projecto, explicou ao JORNAL DE LEIRIA que a ideia lhe surgiu ao constatar que os seus alunos de São Tomé e Príncipe eram dos mais focados e empenhados, precisamente por compreenderam que a sua formação profissional era essencial para ajudar as suas famílias, que viviam carências de vários níveis.
A escassez dos apoios comunitários para estudantes saotomenses em Portugal, bem como o fim dos seus vistos de residência no País, ditavam muitas vezes o regresso dos alunos ainda antes de terem cumprido por cá os seus objectivos académicos.
Rita Andrade percebeu que a APpeas pode ajudar nesses aspectos burocráticos, funcionando como “ponte” entre os dois países, e que os seus sócios, idosos, têm disponibilidade e conhecimento para ajudar a colmatar necessidades identificadas pelos próprios governantes de STP.
Assim, salienta a mentora, “dignificam- se os idosos e dignifica-se a comunidade”. Entre outros objectivos, este projecto prevê: a requalificação parcial do centro de saúde; o envio de medicamentos, equipamentos e outros bens essenciais; formação e qualificação do pessoal técnico local na área da saúde; construção de uma biblioteca; ...
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