Viver
Livro de parede. O “marisco” do Janardo alimenta um conto escrito a várias mãos
O escritor Paulo Kellerman está a preparar com a população um texto que vai ser apresentado em várias fachadas de edifícios e funcionar como roteiro através do território e da memória das comunidades de Janardo e Outeiro das Barrocas
Tarde de domingo, na Biblioteca Sousa Santos, e dezena e meia de pessoas junta-se para trocar recordações do “marisco” do Janardo, o primeiro protagonista do conto que o escritor Paulo Kellerman está a preparar com a população de duas aldeias. Há memórias de uma fonte rebentada a tiro, de viagens de burro para Leiria, de reguadas na escola, dos anos da fome e da guerra, e, não menos importante, da rivalidade com os “vizinhos” de outra povoação acostumados a roubar pela calada os andores das festas religiosas.
“A ideia é montar um livro de parede, que consta de algumas histórias à volta do tema orientador, que é o tremoço”, explica Acácio Bárbara, no arranque da sessão, a primeira em que, depois de escolhido colectivamente o esqueleto do texto, por sugestão da comunidade, se procura tecer o corpo que vai ganhar vida em cada frase.
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