Sociedade

Luís Albuquerque promete governar Ourém com “equilíbrio, escuta e sentido de serviço público”

3 nov 2025 15:50

Autarca toma posse para o terceiro e último mandato e deixa críticas ao Estado Central pela não resolução de problemas “estruturais” do concelho

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Novo executivo conta com cinco eleitos da coligação PSD-CDS/PP (à esq. na foto), um do Chega e um do PS
CMO
Maria Anabela Silva

“Governar para todos, com equilíbrio, escuta e com sentido de serviço público”. Foi este o compromisso assumido por Luís Albuquerque na sua tomada de posse como presidente da Câmara de Ourém para o seu terceiro e último mandato.

Continuando com maioria absoluta – a coligação Ourém Sempre (PSD-CDS/PP) elegeu cinco vereadores, o PS um e o Chega também um –, Luís Albuquerque frisou que os resultados “foram esclarecedores e inequívocos”, mas “acarretam uma responsabilidade acrescida”.

“Continuaremos a trabalhar, com o mesmo entusiasmo e dedicação, e sem deslumbramentos, sabendo ouvir todos os que queiram contribuir, com ideias e propostas, para o bem da nossa terra, não deixando de tomar decisões, que poderão não ser do agrado de todos, mas que, serão, seguramente, as que melhor irão defender o interesse público das nossas populações”, afirmou, citando o discurso que proferiu há quatro anos e assegurando que “as pessoas são, e continuarão a ser, sempre, o centro” das decisões.

Luís Albuquerque prometeu manter o apoio à natalidade e à rede social e apontou a sustentabilidade ambiental como uma aposta importante, de forma “a promover um concelho mais verde e amigo do ambiente”. Para tal, anunciou o reforço de medidas que promovam a eficiência energética, a descarbonização e a valorização ambiental e a criação de mais espaços verdes.

No plano económico, o autarca referiu que objectivo “será consolidar o crescimento de Ourém”, promovendo o investimento, o empreendedorismo e a criação de emprego, e continuar a “aposta na requalificação das áreas empresariais, na atracção de novas empresas, no turismo e na modernização da rede viária e dos transportes”.

“Queremos uma economia sustentável, inovadora e comprometida com o futuro do concelho”, apontou Luís Albuquerque, que garante que a governação do município continuará assente em “grande rigor financeiro e orçamental”, procurando alavancar os investimentos com recurso a fundos comunitários.

Críticas ao Estado Central

No seu discurso, o presidente da Câmara de Ourém reconheceu que persistem “problemas estruturais”, que têm sido “um constrangimento enorme” para que o concelho possa ser “ainda mais atractivo e com melhor qualidade de vida”, mas, frisou, a sua resolução é “responsabilidade do Estado Central”.

Entre os problemas “estruturais”, o autarca referiu a falta de médicos e de um Serviço de Atendimento Permanente até às 24 horas no centro de saúde de Ourém, o falta de ligação do IC9 à A1 e de financiamento adequado à requalificação da AV. Papa João XXIII, em Fátima.

Luís Albuquerque apontou ainda a falta de pessoal nos serviços de Finanças, na conservatória do registo predial e nas forças de segurança. “A falta de pessoal nos principais serviços públicos do Estado Central no nosso concelho é inadmissível”, afirmou.