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Maio é o mês de Marquês de Pombal em Pombal
Cidade dedica este mês ao reformador Sebastião José de Carvalho e Melo
O concelho de Pombal vai dedicar o mês de Maio ao nascimento e morte de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, nomeadamente com um seminário científico internacional.
O seminário internacional de estudos pombalinos, organizado em parceria com o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, coordenado por José Eduardo Franco e Ricardo Pessa de Oliveira, está agendado para o dia 13 e conta com a participação de oito investigadores, três dos quais estrangeiros.
Segundo Ricardo Pessa de Oliveira, este evento científico, numa perspetiva das reformas conseguidas, será uma oportunidade para “dar a conhecer os últimos resultados da investigação” sobre o Marquês de Pombal.
“Compreendendo a importância desta figura e do [Marquês] Pombal reformador, este é um legado que ficará para o futuro e que colocará Pombal no mapa internacional do conhecimento”, afirmou, na conferência de imprensa, Ricardo Pessa de Oliveira, que sugeriu a possibilidade de se “aproveitar [a iniciativa] para promoção do território e para ser criado um roteiro pombalino”.
O 'Maio do Marquês' apresentado hoje pela Câmara de Pombal, no distrito de Leiria, em conferência de imprensa, é um evento cultural temático, que decorre durante este mês com uma programação variada, alusiva à figura do Marquês de Pombal, ao seu trabalho e à sua época.
Estão previstas várias actividades culturais e artísticas, que passam por exposições, dança, recriação histórica e demonstração de vivências do período barroco.
Na sexta-feira, arranca a Residência Artística Aberta, que pretende sensibilizar os mais novos para as artes performativas e também “trazer as crianças aos museus, de uma forma mais alegre e divertida”, disse a coordenadora do Museu Marquês de Pombal, Cidália Botas.
No domingo, data em que se comemora o 40.º aniversário do Museu Marquês de Pombal, está agendada uma “visita dançada” conduzida pela bailarina e coreógrafa Inesa Marcava.
“Através do movimento, do corpo e da dança, esta artista vai levar o público a contemplar as obras de arte que estão neste museu. Este projeto chama-se museus imaginários, porque tem como objectivo levar as pessoas a reinterpretar os objetos e a observá-los em novos contextos e com novas dinâmicas”, referiu Cidália Botas.
Entre 18 de maio e 30 de setembro estará patente a exposição “A Reforma Pombalina da Educação: 1759-1772”, que pretende assinalar os 250 Anos da Reforma da Universidade de Coimbra, e que integra um conjunto de bens museológicos pertencentes ao acervo do Museu Marquês de Pombal.
Será realizado o Sarau Cultural do Século XVIII, através de uma recriação histórica dinamizada pelos alunos do 3.º ano do curso de Turismo da Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal.
“Escolhemos um público-alvo muito específico: a comunidade sénior e o público com necessidades especiais, promovendo ainda um encontro intergeracional”, disse Cidália Botas.
Para encerrar o ‘Maio: Mês do Marquês’, realiza-se o Festival Pombalino, nos dias 28 e 29.
Com recurso à música, ao teatro e à dança, será recriada a época barroca. Haverá um mercado setecentista, com artesanato, tasquinhas e espetáculos de animação pombalina, na Praça Marquês de Pombal.
O presidente da Câmara de Pombal, Pedro Pimpão, considerou que estes eventos são a “valorização de uma figura histórica, a maior da nossa história colectiva”, e destacou o “elemento diferenciador” da programação: o seminário internacional.
“O que queremos com este evento é que mais pessoas fiquem a conhecer mais coisas sobre o Marquês de Pombal. Temos um programa diversificado, com um cariz popular e erudito, que permite que qualquer cidadão interaja com qualquer momento da vida e obra do Marquês de Pombal”, acrescentou.