Sociedade
Maria Miguel Ferreira: "Sempre fui mais de heróis que de deuses. Pai e mãe incluídos"
Viagens, discos, pianos, gatos e sapatilhas All Star na Impressão Digital da assessora do gabinete do secretário de Estado da Indústria.
Vem de uma família influenciada pelo CDS, mas está na equipa do Ministério da Economia de um Governo PS. À mesa não se fala de política?
A esse respeito só tenho uma coisa a dizer: ovelha que berra, bocado que perde.
Pai e mãe, ambos catequistas, aparentemente não a conseguiram converter. O problema está na doutrina social ou na Igreja?
Sempre fui mais de heróis que de deuses. Pai e mãe incluídos.
Quando escreve discursos para o secretário de Estado da Indústria, sente que a realidade não deve ofuscar uma boa narrativa?
Não poderia desejar melhor matéria-prima para construir narrativas do que a realidade que tenho o privilégio de habitar e de ver pelo olhar deste secretário de Estado da Indústria.
Por falar em discursos, o piano que tem na sala serve para apoiar os rascunhos ou há recitais frequentes?
Longe de mim dizer-vos o que é que devem puxar para título, mas o grande furo jornalístico que tenho para vos dar hoje é este: ando a preparar um concerto só de sustenidos e bemóis (isso mesmo, sem teclas brancas). Mais: é para duas mãos e quatro patas. Só ainda não decidi se o vou estrear no Há Música ou no À Porta.
É mais Regina Spektor ou Maria João Pires?
Sou toda Tom Waits.
Estudou até que idade?
Piano? Dos 6 aos 17. Em esforço, sim. Parei porque para ser boa assim boa mesmo boa não ia sobrar tempo para o resto. E há tanto resto que eu quero fazer. Mas hoje estudo outras coisas. Por exemplo a última aula que tive foi para aprender a modelar e imprimir em 3D. E antes disso tentei estudar uma linguagem de programação. Toda a gente me dizia que não era assim tão di-ferente da linguagem da música. Toda a gente estava
errada.
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