Sociedade

Matas municipais: tesouros verdes nas vilas e cidades da região

17 jun 2018 00:00

Na região existem seis matas municipais que, em alguns casos, resistiram durante séculos e são hoje verdadeiros pulmões verdes, funcionando ainda como reserva núcleos importantes de espécies autóctones. Algumas estão, contudo, a reclamar cuidados.

Foto: Câmara Municipal do Bombarral
Cabeço do Peão, em Figueiró dos Vinhos
Cabeço do Peão, em Figueiró dos Vinhos
Cabeço do Peão, em Figueiró dos Vinhos
Mata Municipal de Ansião (Foto: CMA)
Mata Municipal de Ansião (Foto: CMA)
Mata Municipal de Ansião (Foto: CMA)
Mata António Pereira Afonso, em Ourém (Foto: CMO)
Mata António Pereira Afonso, em Ourém (Foto: CMO)
Mata António Pereira Afonso, em Ourém (Foto: CMO)
Mata Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha (Foto: DR)
Mata Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha (Foto: DR)
Mata Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha (Foto: DR)
Maria Anabela Silva

Têm décadas e, algumas, até séculos de existência. Sobreviveram a intempéries e à urbanização, embora, por vezes, sofrendo amputações. Tal como no passado, afirmam-se hoje como verdadeiros pulmões verdes nas cidades e vilas de Ansião, Alvaiázere, Bombarral, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos e Ourém.

São as matas municipais, que funcionam também como 'espólio” de importantes reservas de espécies autóctones.

É isso que acontece, por exemplo, no Bombarral, onde ao longo de quase quatro hectares de mata crescem carvalhos, carrascos, sobreiros, medronheiro, adernos e loureiros e outras espécies características da floresta mediterrânica.

Emanuel Vilaça, biólogo e autor de várias publicações sobre a Mata Municipal do Bombarral, explica que este espaço é o “resta de uma antiga coutada, muito anterior à própria existência” da povoação. “Tem resistido ao passar dos tempos. A vila foi crescendo, mas aquela mancha florestal permaneceu”, diz o biólogo.

De acordo com o folheto sobre a mata, elaborado pela Associação de Defesa do Rio Real, a contando que a última grande 'amputação' que a mata sofreu aconteceu no início dos anos 50, do século passado, com a construção da Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo, inaugurada em 1953.

Anos antes, a mata já tinha sido fortemente atingida por um ciclone, que, em Fevereiro de 1941, varreu a região, tendo sido removidas “250 toneladas de madeira” da mata.

Associado ao bosque, existe um edifício – a Casa da Coutada – que “durante muito tempo serviu como alojamento dos nobres que vinham para a caça na coutada”, conta Emanuel Vilaça, aditando que o espaço chegou também a acolher monarcas, como D. João I de Castela e a rainha D. Leonor.

O edifício alberga actualmente a Câmara do Bombarral que, em 1940, adquiriu a mata e o palácio por “300 conto

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