Desporto

Mil e uma aventuras a pedalar dos quatro amigos da vida airada

14 out 2021 12:23

Quatro amantes das bicicletas, já todos na casa dos 60 anos, resolveu dar a volta ao distrito de Leiria por trilhos de forma a elaborar uma espécie de guia. Têm um mundo de histórias por contar

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Os trilhos percorridos pelos amigos estão disponíveis no repositório de trilhos Wikiloc em "Rota dos concelhos do distrito de Leiria"
DR

Dizem ter todos entre 61 e 65 anos e nós respondemos que parecem bem mais novos. Argumentam, orgulhosos, que é da pedalada, que “faz bem ao corpo e à alma”.

Agostinho Rodrigues, José Carlos Nunes, Arlindo Gonçalves e José António Caseiro, mais conhecido por Zé Tó, dão assim o mote à conversa sobre o plano que traçaram de conhecer e dar a conhecer as “entranhas” do distrito de Leiria percorrendo os trilhos e, depois, fazer uma espécie de diário que possibilitará a toda a gente replicar os passos que deram. 

“Andávamos armados em brutos ao fim-de-semana e tive a ideia de fazer mais quilómetros e ver o que de bonito há no distrito e os contrastes que tem. E registar tudo, porque o objectivo passa por dar acesso à informação a quem queira fazer o que fizemos”, explica Agostinho, o mentor das passeatas. “A malta mostrou-se receptiva. Até fiquei espantando, mas contente.”

A coisa avançou. O Zé Nunes ficou o responsável pelos trilhos e pela logística. Começaram em Maio pelo Pinhal Interior, com o arranque marcado para Castanheira de Pera.

Dividiram o percurso por etapas entre as sedes de concelho e juntaram sempre mais do que uma para que a jornada fosse “mais puxada”. Um amigo vai levá-los de carrinha ao local de partida e depois trá-los de volta a Leiria. “É um luxo”, diz Zé Tó.

Admitem ter sentido um “certo receio” quando decidiram avançar. Temiam que a informação disponível na internet pudesse não ter respaldo no terreno, conta Zé Nunes.

“Era uma incógnita e nas primeiras etapas estava apreensivo com a possibilidade de que algo corresse mal, que houvesse obstáculos intransponíveis. E houve mesmo caminhos que acabavam, informações que, provavelmente já tinham uma série de anos”. Agora, mais confiantes, fazem tudo com “um perna às costas”.

“Tem sido muito divertido”, conta Arlindo. “Demoram muito é a tirar fotografias. É que quando se pára é o cabo dos trabalhos para voltar outra vez a ganhar ritmo.” Incidentes também não têm ocorrido, além dos furos da praxe e uma ou outra queda sem consequências de maior.

“Quando alguém se espalha ninguém pergunta se se aleijou, querem é tirar uma fotografia o mais rapidamente possível”, conta Agostinho, entre risos.

Ele sabe bem a importância que estes passeios têm na qualidade de vida que hoje apresenta. Todos já têm uma longa ligação às bicicletas, menos ele, que era o mais “bandido”.

“Fumava muito. Maço e meio por dia.” Acumulava o stress profissional ao de pertencer aos órgãos sociais de vários clubes. “Não fazia 100 metros a andar. Era melhor anda

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