Saúde

Ministro da Saúde diz que tomará decisão sobre localização do novo hospital do Oeste até Março de 2023

22 nov 2022 13:15

Manuel Pizarro reconheceu também a necessidade de obras de manutenção das unidades hospitalares de Torres Vedras e Caldas da Rainha

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Hospital de Caldas da Rainha
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Redacção/Agência Lusa

O ministro da Saúde disse ontem, em Torres Vedras, que, até Março de 2023, vai tomar uma decisão sobre a localização do novo hospital para a região Oeste, após receber o estudo do projecto encomendado pelos municípios da região.

“O compromisso que assumi é que o Ministério da Saúde vai naturalmente estudar exaustivamente este estudo, avaliar elementos complementares que venham a revelar-se úteis e tomar uma decisão sobre a localização da construção do futuro hospital do Oeste e o seu perfil funcional, tendo como limite o final do primeiro trimestre de 2023”, afirmou Manuel Pizarro, citado pela Lusa, após uma reunião, à porta fechada, com autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste.

Do lado dos autarcas, o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, aplaudiu o “compromisso” da definição da localização até Março e do perfil funcional até Setembro do próximo ano.

Manuel Pizarro remeteu para depois dessa data a definição do perfil assistencial e o lançamento do concurso público a elaboração do projecto ou a definição do modelo de financiamento. O governante equacionou a hipótese de se avançar para uma parceria-público privada “para a construção e manutenção do hospital” e, nesse cenário, o projecto “não necessita de qualquer verba do Orçamento de Estado”, tranquilizando os autarcas em relação à eventual falta de verbas para o projeto no Orçamento de Estado para 2023.

Uma vez que a construção do novo hospital “demorará sempre alguns anos” e que as unidades hospitalares de Torres Vedras e Caldas da Rainha funcionam em “dois edifícios muito vetustos”, Manuel Pizarro reconheceu a necessidade de obras de manutenção.

Contudo, tendo em conta o cenário de construção de um novo hospital, as intervenções não podem ser “muito vultuosas”, disse, adiantando que o projecto da Unidade de Cuidados Intensivos “tem de ser muito bem estudada se é tecnicamente e financeiramente exequível”.

“Não há dúvida de que o Oeste precisa de uma Unidade de Cuidados Intensivos, assim como de um novo hospital”, rematou.

Recorde-se que a região Oeste é servida pelo Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, servindo cerca de 300 mil habitantes dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.