Sociedade

Mulher Século XXI lança campanha contra a violência sexual

16 fev 2022 15:36

Associação vai também estabelecer parcerias com os estabelecimentos de diversão noturna e restaurantes para lançar outro cartaz

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A associação Mulher Século XXI está a lançar uma campanha contra a violência sexual, situação que está inserida na violência doméstica, mas que “é pouco falada”. “Inspirada em experiências internacionais, esta campanha pretende dar a conhecer um sinal de alerta que pode ser utilizado por potenciais vítimas, sensibilizar sobre a importância da denúncia e prestar informação sobre os direitos das vítimas de violência sexual”, refere uma nota da associação.

Susana Ramos Pereira, presidente da Mulher Século XXI, explica que serão colocado vários mupis nos 16 concelhos do distrito de Leiria, com o sinal de uma mão, que significa “um pedido de ajuda”.

A associação vai também estabelecer parcerias com os estabelecimentos de diversão noturna e restaurantes para também colocar a campanha “Perguntem pela Eva”, desenhado num cartaz diferente, como mais uma forma de ajudar as vítimas, refere a presidente.

“A violência sexual é uma forma de violência doméstica. Cada vez mais há abusos mais íntimos e está a aparecer muita violência sexual, não só em adultos como em crianças”, revela Susana Ramos Pereira.

Esta campanha está enquadrada na RIIVD - Rede Integrada de Intervenção na Violência Doméstica do Distrito de Leiria, que é coordenada pela Mulher Século XXI. “Esta rede, que surgiu após uma candidatura ao Portugal 2020, permite-nos ter uma plataforma informática onde apenas os 30 parceiros – autoridades, Ministério Público, Segurança Social, entre outras - podem aceder, com as respectivas credenciais, ficando acessível diferente informação”, adianta.

O projecto RIIVD visa responder ao objectivo “Apoiar e proteger – ampliar e consolidar a intervenção”, no âmbito do Plano de Acção para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e à Violência Doméstica (PAVMVD) da Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual”, adianta a associação.

“Com o reforço do trabalho conjunto que envolve as autarquias locais, torna-se possível territorializar os modelos de intervenção face às suas especificidades, mapeando as competências já existentes e definindo fluxogramas de atuação, com vista a otimizar os recursos, lê-se na mesma nota.

Devidamente enquadrada na violência de género e violência doméstica, a violência sexual e perseguição são temáticas que “têm vindo a preocupar quem trabalha diariamente com vítimas”.

“Queremos mostrar como podem pedir e prestar ajuda em situações de violência sexual, incentivando a denúncia e reforçando a importância de estarmos atentos e conscientes de que cabe a cada um de nós fazer a diferença”, afirma ainda Susana Ramos Pereira, considerando a importância de sinalizar as situações para que possa haver uma “intervenção” junto das vítimas.