Sociedade
Município de Leiria acelera deslocalização do terminal rodoviário
Presidente da Câmara de Leiria quer propostas de localização apresentadas na próxima reunião de executivo
O presidente da Câmara de Leiria revelou que a deslocalização do terminal rodoviário vai ter de avançar mais rapidamente, uma vez que a Rodoviária do Tejo prepara-se para vender o actual edifício.
Gonçalo Lopes anunciou na reunião de executivo que as negociações para a venda do edifício, onde funciona atualmente o terminal rodoviário, estão avançadas, pelo que é preciso “acautelar a construção de um novo terminal”.
“O estudo da rede dos transportes escolares, que está em curso, incluiu eventuais localizações para um novo terminal. Iremos solicitar à empresa para que nos apresentar as primeiras conclusões o mais rápido possível. Queremos ter a apresentação do estudo, mesmo que ainda preliminar, na próxima reunião de Câmara”, adiantou o autarca socialista.
O vereador com o pelouro da Mobilidade e dos Transportes Públicos, Luís Lopes, acrescentou que as negociações de venda “estão numa fase muito avançada”.
“Temos de potenciar um projecto que nos dê resposta para termos um terminal. O estudo iniciou agora a fase 3. A fase 2 já contempla os hipotéticos locais do terminal”, explicou.
Na reunião, o presidente da Câmara disse que, depois de ter o estudo, pretende colocar as hipóteses de localização da infraestrutura em discussão e participação pública, envolvendo na decisão os ‘stakeholders’ relacionados com o transporte público, comerciantes, Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria, PSP, escolas, entre outros.
“Este é um tema que não é virgem. Já se falou várias vezes dessa deslocalização. O facto de a transação vir a acontecer vai fazer com que seja mais rápido”.
De acordo com o contrato assinado entre o Município e a empresa TISPT – Consultores em Transportes, Inovação e Sistemas, disponível no portal da contratação pública (base.gov), o trabalho de consultoria inclui apoio “à formulação de programa preliminar para a construção da nova central coordenadora de transportes de Leiria”.
Será o estudo a determinar, na lógica da gestão eficiente da rede de transportes públicos, não tendo sido definida qualquer condicionante ou localização para a realização.
Em 2011, a Câmara e a Assembleia Municipal de Leiria chegaram a aprovar a desafetação do domínio público para o domínio privado da câmara de uma parcela com cerca de oito mil metros quadrados no parque de estacionamento do estádio, onde se realiza o mercado, destinada à construção de um novo terminal.
O projecto acabou por não se concretizar.
O presente estudo foi contratualizado por 252 mil euros e com um prazo de execução de um ano, e irá também incidir na rede Mobilis, bem como nos horários, circuitos, material circulante, interação com rede interurbana e mobilidade no concelho de Leiria.