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Músicos de Leiria querem voar para o mundo nas asas de Saramago

17 nov 2022 09:15

Septeto Jazz da Associação Jazz de Leiria e Ensemble de Sopros da Associação de Filarmónicas do Concelho de Leiria apresentam-se no Festival Leiria Cidade Criativa da Música, respectivamente, com a cantora Rita Maria e com o maestro Nicholas Reed e a soprano Rita Marques

Ensaios do ensemble de sopros da AFCL decorreram no auditório do Arrabal
Ensaios do ensemble de sopros da AFCL decorreram no auditório do Arrabal
Ricardo Graça
Ensaios do ensemble de sopros da AFCL decorreram no auditório do Arrabal
Ensaios do ensemble de sopros da AFCL decorreram no auditório do Arrabal
Ricardo Graça
Nicholas Reed, maestro convidado para dirigir o ensemble de sopros da AFCL
Nicholas Reed, maestro convidado para dirigir o ensemble de sopros da AFCL
Ricardo Graça
Quatro noites de trabalho, antes da estreia de várias obras, esta sexta-feira
Quatro noites de trabalho, antes da estreia de várias obras, esta sexta-feira
Ricardo Graça
O ensemble de sopros vai interpretar oito novas peças de música contemporânea
O ensemble de sopros vai interpretar oito novas peças de música contemporânea
Ricardo Graça
O músico Francisco Vieira, da AFCL
O músico Francisco Vieira, da AFCL
Os ensaios no Arrabal reuniram 13 instrumentistas que vão juntar-se à soprano Rita Marques
Os ensaios no Arrabal reuniram 13 instrumentistas que vão juntar-se à soprano Rita Marques
Ricardo Graça
Apresentar o projecto noutras cidades da rede Unesco é um dos objectivos do Festival
Apresentar o projecto noutras cidades da rede Unesco é um dos objectivos do Festival
Ricardo Graça

As palavras ditas em inglês definem a atitude que o maestro pretende extrair da partitura. “Gosto de assumir riscos. Vamos arriscar”. Nicholas Reed é inglês, vem da Alemanha e está em Portugal para dirigir pela primeira vez o ensemble de sopros da Associação de Filarmónicas do Concelho de Leiria.

“Óptimo, óptimo, óptimo. Muito, muito melhor. Obrigado”. Os ensaios no auditório da Junta de Freguesia do Arrabal preparam a estreia de oito obras originais, nunca antes executadas ao vivo. “Música complicada”, concede. Durante três horas, é tempo de esclarecer dúvidas e corrigir imperfeições. São apenas quatro noites de trabalho, antes do concerto de sexta-feira, no Teatro Miguel Franco.

Desenhado para estimular a criação por autores já consagrados e artistas emergentes, o primeiro Festival Leiria Cidade Criativa da Música assinala o centenário do nascimento de José Saramago e inspira-se em poemas (e um conto) do Nobel da Literatura. Reúne 17 obras originais em estreia absoluta, de nomes como Mário Laginha e Anne Victorino de Almeida, incluindo seis compositores da região, que resultam de encomendas e de um concurso realizado também pela primeira vez.

A expectativa da equipa organizadora e do município é que se abram pontes para a internacionalização e que o projecto possa circular no estrangeiro, desde logo, em cidades da rede Unesco, a que Leiria pertence.

Depois do arranque no Teatro José Lúcio da Silva, ontem à noite, com o espectáculo A Maior Flor do Mundo, colaboração do Leirena Teatro com a cantora e compositora Surma, esta quinta-feira, 17 de Novembro, no Teatro Miguel Franco, o septeto jazz da Associação Jazz de Leiria e a cantora Rita Maria vão interpretar temas de Mário Laginha, Pedro Moreira, Bruno Santos, César Cardoso, Pedro Nobre e Paulo Santo, além de outros seleccionados através de concurso, da autoria de João Capinha e Diogo Santos. Amanhã, 18 de Novembro, ainda no Teatro Miguel Franco, a Associação de Filarmónicas do Concelho de Leiria, o maestro Nicholas Reed e a soprano Rita Marques levam a palco peças de música contemporânea escritas por Anne Victorino de Almeida, Carlos Azevedo, Carlos Brito Dias, Nuno Barradas, André Barros, João Santos e, qualificados por concurso, Nélson Jesus e David Teixeira da Silva.

O ensemble é constituído por 13 instrumentistas de sopros e percussão (Carolina Alves, Cristiana Moreira, Francisco Vieira, Gonçalo Pedrosa, Hugo Pedrosa, Miguel Alves, Miguel Meirieles, Nuno Mendes, Paulo Bernardino, Pedro Frazão, Pedro Pereira, Rogério Petinga e Sara Dias) e Nicholas Reed diz-se “muito feliz” por dirigir músicos de qualidade numa cidade “tão vibrante” e num Festival que considera “impressionante”.

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