Sociedade

Na prisão de Leiria, a inclusão também se faz pelo vinho

22 nov 2019 09:45

Produção de vinho Inclusus é uma parceria entre o Estabelecimento Prisional Jovem e a AdegaMãe, de Torres Vedras.

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Estanislau Ramos, engenheiro agrário, e Carlos Monteiro, recluso, são dois dos rostos do projecto
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

É produzido atrás das grades, pelas mãos de reclusos do Estabelecimento Prisional (EP) de Leiria (Jovens), mas o objectivo é que seja uma porta de (re)entrada na sociedade. Resultado de uma parceria entre a ex-prisão escola e a AdegaMãe, de Torres Vedras, o vinho Inclusus acaba de chegar ao mercado, com a missão de valorizar a produção vitivinícola feita há séculos na Quinta Lagar D'El Rei e, sobretudo, promover a reinserção social de jovens reclusos.

Com quase metade da pena cumprida, Carlos Monteiro fala do projecto como “uma oportunidade” para “ganhar novas ferramentas”. Ele que nunca tinha trabalhado na vinha foi um dos 17 reclusos que participou na vindima do ano passado, da qual resultou a produção das primeiras 2.500 garrafas de Inclusus.

Mas o envolvimento de Carlos - e de outros presos - no projecto é muito anterior à colheita das uvas. “Estivemos desde o início no pro - cesso. Ajudámos a preparar o terreno, fizemos a plantação, a armaç ão da vinha e a poda”, descreve o jovem, de 25 anos, para quem este trabalho também ajuda a desenvolver o sentido de “responsabilidade”.

“A planta precisa do nosso cuidado para dar fruto. Temos de fazer as coisas com o máximo de

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