Opinião
O cinema
Novas abordagens terapêuticas que apelem à criatividade são muito úteis quando trabalhamos nesta área da saúde mental.
Quem nunca apanhou boleia de uma cena de um filme para chorar desalmadamente? Ou quem nunca se identificou totalmente com aquela personagem para fazer a mudança que faltava? Ou para trazer mais esperança à vida de todos os dias? Todos nós! E como pode ser uma experiência valiosa para toda a vida.
Em véspera de entrar de férias, tive o privilégio de assistir a um trabalho muito interessante de duas colegas que fizeram precisamente isto: levar o cinema e a importância da estética e da narrativa a um grupo de pessoas com perturbações aditivas em tratamento, onde a questão do vazio existencial está sempre tão presente e a capacidade de identificar os sentimentos e as emoções está muitas vezes comprometida.
A sua principal premissa foi: “Quando a vida é novamente entendida como bela e preenchida com alegria e sentido, as substâncias aditivas perdem o seu poder”. E isto faz muito sentido. Novas abordagens terapêuticas que apelem à criatividade são muito úteis quando trabalhamos nesta área da saúde mental.
Na apresentação do trabalho fizeram referência ao realizador Andrei Tarkovsky que a certa altura diz: “Acredito que o que leva normalmente as pessoas ao cinema é o tempo: o tempo perdido, consumido ou ainda não encontrado.
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