Desporto
O combate desigual de Nuno Veiga para não deixar cair a Burinhosa
Clube que milita no escalão principal atravessa dificuldades desportivas e financeiras
O futsal na Burinhosa sempre dependeu muito dos adeptos, alguns bastante abonados, ferrenhos quase todos. Do dinheiro que deixam entre cafés, cervejas e sandes, dos bilhetes vendidos para os jogos e que deixavam o pavilhão sempre cheio, fosse qual fosse o adversário. Até nos treinos havia gente a marcar presença.
A pandemia transformou o ruído do apoio em silêncio, as presenças em vazio e os adeptos em ar. E a equipa sénior, que está pela sétima temporada consecutiva entre a elite de “um dos três melhores campeonatos do mundo”, que chegou às meias-fiais do campeonato e à final da Taça de Portugal, começou a somar derrotas sem fim.
Para tentar inverter a situação, em meados de Novembro, Nuno Veiga assumiu o lugar de Alex Pinto. Proveniente da Quinta do Sobrado, dos distritais de Leiria, tinha sido contratado no início da temporada para dirigir a equipa júnior na 1.ª Divisão, mas acabou desviado para a equipa principal.
Paulatinamente, a equipa começou a dar resposta, a equilibrar mais os jogos, ganhou ao Sporting de Braga e no passado fim-de-semana triunfou no reduto do Dínamo Sanjoanense, reentrando na luta pela manutenção.
“A equipa estava animicamente em baixo. O meu trabalho foi levantá-la e fazer os jogadores acreditar que têm qualidade e que a aldeia do futsal merece estar na 1.ª Divisão”, explica o técnico, que está a cumprir uma das metas traçadas para a carreira.
“Se estava à espera que fosse tão rápido? Se calhar não, mas esperava que acontecesse, mais tarde ou mais cedo.”
No entanto, as as condições não são aquelas que idealizou para este seu ingresso na Liga. Se antigamente chegavam brasileiros para enriquecer o plantel, agora os reforços chegam dos campeonatos distritais.
“Gostava de chegar noutro ambiente, começar a época, escolher o plantel e que houvesse uma pré-época para definir me
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