Economia
O elo da indústria de moldes nasceu há 50 anos
A Associação Nacional da Indústria de Moldes celebra este ano meio século de actividade, a funcionar como elo de comunicação entre as empresas, promotora da cooperação e das novas tecnologias que têm conduzido o sector ao sucesso
Nasceu há 50 anos por iniciativa de um punhado de empresários que, conscientes do c rescimento da indústria de moldes, criaram uma associação capaz de discutir os problemas e defender os interesses comuns do sector. Volvido meio século, a Cefamol (Associaç ão Nacional da Indústria de Moldes) persiste como grande elo de comunicação entre as empresas e desempenha um papel fundamental na orientaç ão estratégica desta indústria, que se depara hoje com desafios complexos de escala global.
A partir de 1967, houve uma consciência do crescimento da indústria de moldes, onde a saída de muitos profissionais qualific ados das principais empresas para criar os seus próprios negócios, originava, por um lado, um aumento da concorrênc ia interna e, por outro, uma carência de mão -de-obra espec ializada, que afectava e podia compro - meter o futuro da indústria. E foi por isso, explica Manuel Oliveira, secretário- geral da Cefamol, que um grupo de empresários sentiu necessidade de se juntar e, em conjunto, identificar e debater constrangimentos, assim como encontrar soluções para os problemas que sentiam.
Foi neste contexto que sete empresas – Aníbal H. Abrantes, Edilásio C arreira da Silva, Emídio Maria da Silva, Acácio Calazans Duarte, Indústria Nacional de Plásticos (INA), Irmãos Cardeira e Somema – se reuniram periodic amente para discutir estes temas e originaram a criação de uma associação de defesa dos interesses comuns da indústria. Várias outras empresas foram-se juntando progressivamente ao grupo inicial. Essas primeiras reuniões tiveram lugar num escritório, na Rua das Portas Verdes (Marinha Grande), que se pode considerar o 'berço' da associação, que hoje tem sede na mesma c idade, na Avenida Dom Dinis.
Fernando Vicente, da Somena, recorda o trabalho árduo que o seu pai, também ele chamado Fernando Vicente, bem como outros empresários da Marinha Grande, travaram nos primórdios desta assoc iação. Numa fase em que poucos tinham grandes habilitações académicas, havia quem contratasse professores particulares de Inglês para apreender uma língua estrangeira que lhes permitisse aventurar no mercado externo. Faziam-no muitas vezes na fábric a, depois de longas jornadas de tr abalho, recorda o empresário.
“Era gente com muito valor, que conseguia ultrapassar muitas dificuldades”, sublinha Fernando Vicente, para quem a Cefamol tem prestado um enorme contributo para este sector.
Ao longo dos anos, a associação trabalhou para ganhar credibilidade e para focalizar a sua actividade em torno de acções estruturantes e agregadoras que lhe permitissem assumir uma posição de relevância no seio da indústria. Desenvolveu projectos ao nível da
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