Desporto
O Leicester City do futebol de praia mora nos Pousos e quer festejar na Nazaré
Frente a Sporting, Braga e Nacional, o Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP) vai disputar o título de campeão nacional de futebol de praia na Nazaré, entre amanhã, dia 25, e domingo, dia 27.
Avicultor, osteopata, professor de educação física, personal trainer, vendedor de bacalhau, comercial ou trabalhador nos moldes. De tudo um pouco fazem na vida profissional os jogadores que constituem a equipa de futebol de praia do Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP), clube dos Pousos que surpreendeu o mundo da bola ao conseguir o apuramento para a final four de disputa do título nacional da modalidade.
Nos dias 25, 26 e 27 de Agosto disputa-se a fase final na Nazaré, que reúne as quatro melhores equipas nacionais de futebol de praia. No areal do Estádio do Viveiro vão estar jogadores internacionais, que defendem as cores de várias selecções, como as de Portugal, Brasil, Espanha ou Itália. São jogadores profissionais que dedicam todo o ano à prática do futebol de praia. Já os jogadores do GRAP trabalham e, a maioria, dá primazia ao futsal ou ao futebol de 11.
Contudo, dividir a areia com os melhores do mundo não assusta os amadores do GRAP. Se ali estão é porque merecem, asseguram os atletas. “Não temos medo de os enfrentar. Sabemos que há uma diferença de qualidade técnica e que são jogadores com mais experiência e que se dedicam a maior parte do tempo ao futebol de praia. Batê-los é difícil, mas não é impossível”, garante Sandro Brito, que prepara “estratégias” para travar os adversários.
“Não vamos escamotear que já é um prémio chegar aqui. É o ponto mais alto do GRAP, mas queremos continuar a surpreender”, sublinha o treinador, admitindo que a tarefa “não é fácil”.
Além do grupo ser totalmente amador, “cerca de 90% da equipa tem como actividade desportiva principal outras modalidades”. Reunir os cerca de 18 elementos para treinar é difícil, “sobretudo no início e no final da época de futebol de praia”, mas “com vontade e com o gosto que todos têm pela modalidade tem sido possível consolidar o projecto e obter resultados”, explica Sandro Brito.
Tudo começou no Pedrógão
Joel Domingues, de 35 anos, é um clássico dos distritais. Actualmente joga futebol de 11 no Grupo Desportivo da Ilha e entrou no futebol de praia através de um grupo de amigos que já jogavam no torneio da praia do Pedrógão.
“Há quatro anos decidimos fazer uma equipa. Nos últimos anos melhorámos muito e este ano, mesmo que a fase final corra mal, pelo menos já temos a garantia que não descemos de divisão.”
Sabe que as diferenças entre o GRAP e os seus adversários da final four são muitas. “Ao nível de infra-estruturas, do tempo passado no areal, das condições técnicas. Temos consciência que este feito é como se o Leicester City fosse campeão de Inglaterr
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