Sociedade

Organização, criatividade e bom-senso garantem crianças felizes no Natal

22 dez 2019 12:34

"Se forem informadas das negociações dos adultos com tempo, as crianças vão sentir que têm o controlo e sabem que vão ser confrontadas com a ausência do outro.”

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O Natal pode ser feliz mesmo entre famílias divorciadas
Ricardo Graça

Quando as ruas e as lojas se enfeitam, os mais novos, sobretudo, anseiam pela noite de Natal.

Começam a contar os dias em que vão desembrulhar os presentes e ter uma noite especial com aqueles familiares mais distantes, que nem sempre vêem ao longo do ano, e que a consoada traz a casa todos os anos.

Se Natal é sinónimo de família, amor e alegria, o divórcio faz temer o pior quando se aproximam as festividades.

Dividir a presença dos filhos naqueles dias especiais não é fácil. Mas, se houver bom-senso, criatividade, previsibilidade e partilha, tudo corre bem e as crianças saem a ganhar.

Em vez de se pensar na divisão, pode encarar-se a situação como uma multiplicação de familiares, mantendo vivo o espírito de união e alegria da época. E há sempre a possibilidade de recriar a noite de Natal antecipadamente, permitindo, assim, aos filhos viver a consoada de igual forma com as famílias do pai e da mãe.

“Não se diz que o Natal é quando um homem quiser? A comemoração não tem de ser no dia 24 ou 25. Estes são dias de partilha e já nem todas as famílias celebram a quadra de forma tradicional. Se houver criatividade e organização as coisas correm bem”, afirma a psicóloga Joana de Sousa.

Também a psicóloga Patrícia António defende que uma das soluções pode passar por uma “combinação criativa” e fazer um “Natal de antecipação”, podendo no ano seguinte os pais trocarem os dias.

Joana de Sousa sublinha a necessidade de “muito bom-senso”, não só durante as festividades, mas sempre. “Não há uma forma mágica, mas é preciso comunicação e haver consenso. Por vezes, esquecem-se de que já gostaram daquela pessoa e se facilitarem a vida ao outro estão a facilitar a vida aos filhos”, acrescenta Joana de Sousa.

As psicólogas defendem ainda a programação antecipada destes dias. “Há famílias que vivem na mesma cidade, o que facilita as coisas, mas há situações em que estão e

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